quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Nada, nada

Voltei a nadar.
Há quatro anos eu estava praticamente imóvel, sem me mexer, só cultivando o corpinho de academia acadêmica, branquinho, molinho de tanto ficar na frente do computador e cercado de livros de letrinha miúda.
Isso depois de ter nadado por anos, a ponto de ter sido obrigada a aposentar vários blazers (foi no tempo em que eu tinha que usar blazer) por causa dos ombros que aumentaram de tamanho. E depois de eu ter feito musculação quatro vezes por semana até o oitavo mês de gravidez sem precisar baixar a carga. Aí veio a filha, aí comecei a dar aulas, aí veio o mestrado. E aí entrei num estado de pause.
E confesso, só saí da letargia por causa da chatice alheia.
Foi assim: coloquei a filhota na natação por causa dos probleminhas pulmonares dela. E tinha (e segue tendo) lá na piscina um professor chato. Chato não, chatânico. Horrível. Pentelho. Que ficou pegando no meu pé, me dizendo pra nadar. E eu ali, tentando ler os livros do mestrado no bafão de cloro da piscina.
E eu voltei a nadar só pra não ficar ouvindo ele pegar no meu pé.
Não é uma razão bonita nem nobre nem nada. Mas nadar assim é melhor que nada.

3 comentários:

ale disse...

Que bacana! Ótima iniciativa. Ah, e adorei o texto! Bj

Maroto disse...

vc nadava e fazia musculação, aí teve filho e parou tudo, ficou na frente do computador escrevendo? Vc é a mesma Eva que a Venuss disse que come e não engorda? Nem depois de ter feito um monte de esporte e parado? Me diz que sim que eu te encho de bicadas, sua horrorosa!

venuss disse...

EVA: boa estratégia! na água tu não precisa ouvir o cagto do professor.

MAROTO: essa parte sórdida que a Eva tá contando aqui eu nem sabia. Às vezes me pergunto como posso ser amiga de alguém que come come e não paga o preço. Tsc-tsc-tsc...