sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Feliz Páscoa

Desculpa antecipada aos leitores do Calçolas

Considerando que tenho pela frente, entre o dia de hoje e o fim do ano:
- 4 disciplinas diferentes nos seus finalmentes
- 3 orientandos de monografia terminando os trabalhos
- 2 orientandas de especialização
- 5 monografias pras quais sou banca
- 1 frila grande pra tocar
- 1 assesssoria prum job de planejamento de comunicação
- 2 dias por semana trabalhando na agência
- 1 gata internada no hospital
- 1 artigo pra revisar e entregar com prazo de uma semana atrás
- 1 filha pequena
- 3 infiltrações na casa que deviam ter sido resolvidas há 4 meses
acho que dá pra enteder porque
- não ando postando muito
- posterei menos ainda daqui pra frente
- não ando respondendo comentário (apesar de morrer de vontade)
- não tenho conseguido visitar os blogs amigos (o que me dói imensamente.
Ficam assim registradas meu pedido de desculpas, minhas boas intenções não realizadas e a resolução de que passado o tsunami, redimir-me-ei.

Mas o Calçolas segue no ar, ainda que, da minha parte, devagarito no más.

Quero-quero

Filha única pra lá de desejada de uma moby (mother older, baby younger) só podia mesmo ser mimada. Mas algo me diz que ando exagerando. Ontem, a Mariana teve mais um surto de eu-quero-isso-e-eu-quero-aquilo-e-eu-quero-aquilo-outro-e-etc. E lá pelas tantas ela titubeou:
- Mamãe, eu quero...hmmm... eu quero...ãhn...quero...
Tentou, tentou, até que pediu ajuda:
- Ô mãe, o que é que posso querer, hein?

2x24h

Abro o jornal de hoje e vejo anunciado em letras garrafais o lançamento dum desodorante que funciona por 48 horas. Prevejo péssimas vendas pro produto. Comprar uma coisa dessas é o mesmo que assumir publicamente que se vai enforcar o banho.

Olho por olho

Não só joguinho de palavras: ontem decidi trocar de oftalmologista. O meu é daquelas pessoas que não olha nos olhos. Considerando a especialidade do sujeito, fica mais complicado do que já é em outros casos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ET phone home

Um trabalho me fez olhar imagens do verão gaúcho.
E me dei conta de que a areia, o mar, o milho verde e o churros, o nascer do sol na água, o baldinho de areia e mais um monte de coisas estão parecendo pra mim como imagens de algum planeta a anos-luz de distância daqui. Tipo o quinto planeta que orbita em torno de Betelgeuse ou algo assim. Foi como ver imagens de outro mundo.
Acho que tô precisando de férias.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Alô, dona morte?

Minha cada dia menos pequenina filha anda intrigadíssima com a morte. Faz três meses que meu pai faleceu, e toda vez que ela dá tchau pra avó neo-viúva, manda beijos e abraços pra estrelinha mais brilhante do céu que é o vovô.

Ontem minha filha pediu pra telefonar pro avô. Falei que não dava. E ela rapidamente pensou numa solução. Toda feliz, decretou: "então vamos telefonar pra morte, que ela dá o recado."

Se a morte tivesse telefone, minha conta iria subir horrores. Eu viveria ligando, mandando recados pro meu pai. Dizendo tudo que, sei lá por quê, não falei quando ele andava por aqui.

domingo, 19 de outubro de 2008

Suporte

Recebi na semana passada um jornal.
O nome é Sutiã.
O slogan: "Sustentando idéias".
Tem seções como "Sutiã de renda", Sutiã com enchimento", "Sutiã sem alça" e "Abrindo o sutiã" e "Fechando o sutiã" (essas, abrindo e encerrando o jornal, respectiva- e criativamente).
Mas o pior do pior do pior é que não é um jornal de humor.
O caso é sério.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Obra relâmpago

Em menos de 2km vi duas grandes obras de candidatos a vereador não eleitos: na 24 de outubro, os banners das figuras viraram dois novos abrigos de sem-teto, com direito a janelinha recortada e tudo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Dia de quem?

Tem mais uma coisa que eu não posso deixar passar em branco: a contracapa do caderno Donna da ZH de ontem.


Eu lembro de um caso de uma americana (acho que era americana) que empilhou dezenas de plásticas pra ficar parecida com a Barbie. Ok, ela era crescida, vacinada e tinha grana pra investir na maluquice. Agora, o que tão fazendo com essa criança lá de Santa Maria? Mini Miss Mundo aos 5?

"Adora fazer luzes no cabelo e só sai de casa maquiada. As grifes preferidas? Dior e Lancôme."


Me deu uma tristeza em pleno dia da criança.

Não precisam ler a entrevista, a foto da Zero Hora dá conta do estrago.



Cereja do bolo diet

Parando de balançar um pouco e dando uma sacolejada no ego, vim aqui pra contar as mil e uma vantagens do emagrecimento.

Desde que comecei com a operação dieta, 4,5kg mudaram de endereço. E todo mundo sabe que a melhor parte de fazer dieta é ver que a coisa está funcionando aos olhos e boca dos outros.

Eu só não sabia que alguns quilos a menos me colocariam no reino na mudança. Eu já ouvi de tudo: tu pintou o cabelo? Não, ele é assim desde que eu nasci. Tu cortou o cabelo? Não vejo a hora de reencontrar a dona tesoura. Tu tá de roupa nova? Tu mudou o penteado? Tu já tinha usado essa cor antes? E por aí vai. Tá, também já ouvi umas quantas pessoas que acertaram na mosca: tu tá mais magra? E eu abro um sorrisão pra responder: um pouquinho.

Confesso, eu fico tri feliz só em saber que as pessoas percebem que algo está diferente, mas a pergunta de hoje foi das mais inusitadas: tu tá bronzeada?
Não, filho, esse é o mesmo branco aipim que me colore desde que nasci. E a única forma de eu mudar de cor é se eu for tomada por uma sarda gigante que vai me deixar enferrujada pro resto da vida.

Ass. venuss
Agora em versão corpo, corte, roupa, cor e bronze novos.

Ah! idade também, mas isso a gente nem comenta.

domingo, 12 de outubro de 2008

Halloween


Entre os muitos importados que fazem sucesso por estas bandas está o mês das bruxas. Trazido dos EUA, ele prenuncia que, mais um pouquinho, vamos estar celebrando também o thanksgiving, tirando do peru a felicidade de só bater os esporões perto do Natal. E vamos brindar com tudo, como bons bobos alegres. Mesmo sem conseguir dizer o nome da data.

E eu, como estou bem treinadinha pra consumir tudo e mais um pouco, obviamente incorporei os espírito halloween.

Por isso lembrei da MPM.

Tinha lá um cara bem velhusco. Não sei o que ele fazia, mas tudo bem, porque metade da agência também não sabia, e provavelmente nem ele próprio tinha uma exata noção do seu papel naquele complexo publicitário. Então: o cara ela velhusco. Ou melhor, era bem velho. Um Matusalém. E o cara, além de ter quase mil anos, era peludo. Tinha pelos (brancos, porque ele era muito velho) por toda parte, inclusive saindo aos tufos pelas orelhas. O nome dele era Luís Gomes. Mais conhecido por Lobisgomis.

E tinha na MPM também a telefonista. Telefonista não é nada surreal nem engraçado, mas a voz dela era. Arranhada, fininha, superdesagradável. E na MPM tinha um sistema de som. Caixinhas contaminavam com a voz da telefonista até o mais remoto cantinho do almoxarifado. E a telefonista adorava falar no microfone, anunciando as ligações e puxando as orelhas de todo mundo que não estava na sua mesa (incluindo as orelhas peludas do Lobisgomes, eca). "Atenção, Fu-la-na, favor atender o telefone, Fu-la-na" (ela sempre separava bem as sílabas do nome do criminoso, pra que todo mundo pudesse entender, inclusive os de orelhas entupidas por serem portadores de hirsutismo auricular, como o Lobisgomes. E assim a telefonista com sua voz deprimente ficava destruindo a concentração de todo mundo, arrasando com papinhos no cantinho do café e fazendo todo mundo correr alucinado pela agência, tentando chegar na sua mesma antes que mulher entoasse outra vez o seu mantra maligno. O nome da telefonista era Zilá. Mas ela era conhecida mesmo como Godzilá.

Lobisgomis e Godzilá ficarão eternamente habitando (e assombrando) a minha memória de publicitária.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Fechada pra balanço

A coisa tá preta por aqui. Entre um trabalho e outro, só arrumo tempo pra balançar a cabeça com o resmungo tradicional 'quem mandou pegar tanto trabalho, quem mandou pegar tanto trabalho'.

O bom é que a Eva está com uma ótima performance por aqui. E assim fico em paz pra balançar a cabeça até o fim do mês. Tks, Evita.

Lógica pura

Seu nome é Thales.
Ele é empreendedor.
E místico.
Sua loja se chama, obviamente, Thalesmã.
Fica numa das esquinas da Sete de Setembro, perto do sagui tarado (vide post anterior).

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O pinto do sagui

O que faz um mini-sagui (o Calçolas, um blog a frente do seu tempo, ainda que neste caso apenas poucos meses à frente, antevendo a revolução ortográfica, já eletrocutou, já enterrou e já mandou rezar missa pelos tremas, coitados, sempre tão difíceis de digitar) - mas então, retomando o assunto depois do quilométrico parêntesis: o que faz um mini-sagui megasolitário de mini-pênis ereto em pleno centro de Porto Alegre?

Sério: pensei já ter visto muito no centro. Mas o micro-pinto para o alto e avante do king-kong de escala quase atômica merece registro.

Tava lá hoje o saguizinho. Numa pet shop da 7 de Setembro, e como se isso não bastasse, so lonely como só a música do The Police consegue dimensionar. Engaiolado. E com seu angstronômico pintinho duro.

O que terá visto o sagui, pra ficar assim, tão feliz?

Pensei em perguntar, sem medo de não ser original: isso aí no teu pelo (o acento diferencial, ao que me consta, também caiu) é um pedacinho de palito de fósforo - só que puxando mais pro cor-de-rosa -, ou você só está feliz em ver a chinchillas peludas da gaiola ao lado? 

Nãossei e os puns

Não satisfeita em ser uma viralata da mais baixa estirpe, a gata da minha filha (obviamente tricolor, eternamente faminta, pegajosa de tão carinhosa e detentora de um nome bizarro como Nãossei) ainda por cima comete puns. Puns fedorentíssimos, horrorosos, constrangedores e constantes. Na verdade, a Nãossei emite tantos puns que acho que exceção, no caso dela, e NÃO peidar.

Tanto que meu marido, preocupado em sermos uma família up-to-date, sincronizada com as tendências do ecochatomarketing contemporâneo, ou seja, uma CFF (Carbon Free Family), conclui que precisaremos plantar dezenas de milhares de árvores em centenas de hectares de terras, pra compensar as emissões de metano felino.

Diesel, Adidas & Barney

Sempre gostei de atividades radicais. Por isso, pego atalhos e me disponho a cruzar o camelódromo do centrão de Porto Alegre com a mesma intrepidez de quem já desceu de rapel o abismo Anhumas, em Bonito (72m de descida muito longe de qualquer parede, e eu detesto altura).

Acho que a coragem pra encarar as duas empreitadas é mais ou menos a mesma.

É preciso um baita sangue frio pra encarar bonecos com cara de Chuck, o brinquedo assassino, só que piores e bem mais malignos.

Mas valentia mesmo a gente precisa pra passar por Barneys (muitos Barneys) com atrofia no maxilar. Não bastava ele ser um dinossauro roxo politicamente correto. Isso não era assustador o bastante. Por isso os falsificadores deram um jeito de literalmente potencializar a bocabertice dele, de modo a deixá-lo muito, muito, muito mais dãããã. Socorro. Vou ter pesadelos a noite inteira.

Piada

O pinto sai do ovo.
Sua primeira constatação:
- Estou chocado. Minha mãe é uma galinha.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O universo dos puffs

Adoro classificados.

Sempre aumento meu repertório de cultura absolutamente inútil passando os olhos por eles, e ainda ganho grátis um preteamento dos dedos.

Ontem dscobri que existe uma franquia da Pufolandia. O sujeito pode supostamente enriquecer vendendo coisas como puffs amarelo-ovo, roxo-Barney ou verde-bílis, puffs em formatos pseudocriativos, puffs peludos ou puffs com cara de cachorro (cachorro atropelado, mas ainda assim um cão) e por aí vai. Conclusão: a Pufolandia transformou o que já era feio (um puff ou pufe ou sei lá eu como se escreve) em algo muito pior. Porque existe um mercado consumidor pra esse tipo de coisa.

E certamente tem mais de onde veio essa idéia de jerico. Estou aguardando ansiosamente o lançamento de franquias de outros atentados contra a estética doméstica, tipo Minibanquinhodetrespernaslandia, Mesinhauxiliarbizarralandia ou Enfeitedeportalandia.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Preciso das 'amarelinhas'

O que fazer quando a semana ainda está na metade, as energias já se foram e a bateria do celular acaba minutos antes de chegar no carro e ver que a bateria do dito também se foi?

Detalhe: a pilha da minha memória tb deve ter ido pro espaço, pq fui eu que esqueci o farol do carro ligado o dia todo.

Detalhe 2 nada a ver: eu ia fazer um trocadilho com estar pilhada e sem energia, mas aí fiquei pensando se 'pilhada' era gíria aqui do sul. Vcs sabem o que é pilhada?