quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O outro lado da cama

Eu não gosto muito de ar-condicionado. Mas confesso que nesses últimos dias ele tem sido imprescindível, ao menos pra dormir. A gata ouve o barulhinho do troço ligando e já corre pro quarto pra deitar na frente. O meu lado da cama é o que fica do lado do ar-condicionado. Tem uma distanciazinha considerável até, entre a cama e o aparelho, mas nada que garanta que o ser friorento aqui não congele as partes que ficam expostas ao ar. O vento bate direto no meu peito. Na primeira noite eu desliguei o dito e fui catar um ventilador. Marido não gostou do barulho, mas eu nanei feliz como a Bela Adormecida. Na segunda noite, ontem, a idéia era trocar de lado na cama, ele que aparasse o ar gelado com o próprio corpo. A gente já tinha tentado essa troca em verões passados, mas ela nunca durava muito tempo. Ontem lembrei por que. Eu acordo no meio da noite com pensamentos clichês de pós bebedeira: "onde eu estou, quem é esse do meu lado errado"? Até recobrar um mínimo de consciência e restituir a cena pré-cama, o meu cérebro já despertou e levo alguns minutos pra pegar no sono de novo. Eu também saio pro lado errado quando quero ir pro banheiro e, de novo, eu tenho que pensar e calcular e raciocinar, e isso me desperta mais uma vez. Dormindo do meu lado da cama, o piloto automático funciona que é uma beleza.
Já me disseram que quem tem problemas pra acordar de manhã (e eu levanto a mão bem alto pra me acusar) deve fazer o cérebro funcionar pra conseguir despertar mais rápido. O exemplo que o cara dava era que ele perguntava pra filha dorminhoca: qual a tua terceira aula? Pra chegar até a terceira, ela tinha que passar pela primeira e a segunda e pimba, o cérebro já tinha engrenado seu sistema básico de funcionamento. Aqui em casa, nos dias mais complicados pra sair da cama, o marido sempre pergunta: qual a tua terceira aula? E eu que não tenho mais aula fico raivosa fazendo força pra não pensar, mas pimba também, o cérebro já engrenou.
Acordar de madrugada no lado errado da cama tem o mesmo efeito pra mim. A cabeça desperta. Mas aí eu tenho que dormir mais um tantinho de manhã pra compensar os minutos perdidos à noite. E hoje esse tantinho durou uma meia hora.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

2008

Antes de fechar minha participação no Calçolas este ano, não dá pra não desejar um BAAAAAAITA fim de ano pra venuss, pra quem tá me lendo agora, pra quem não me lê mas mora no meu coração, pra quem não me lê, não mora no meu coração mas tem todos os predicados pra estar ali.
A venuss, que tá craque em mensagens bacanas de fim de ano, certamente faria um post bem melhor que este pra dizer o que estou dizendo.
Mas enfim, é de coração: feliz Ano Novo.
Se falêmo em 2008.

Eva no paraíso

A dissertação vai junto, e é só uma semaninha.
Mas eu vou passar os próximos dias no paraíso, como convém a uma boa Eva.
Tô indo ali pra Gamboa, e já volto.

Xinguéu Pél

Ao contrário da maior parte das pessoas, eu adoro Natal. Não esse Natal de shopping cheio, saco idem, lixeiro pedindo contribuição pra festa três, quatro, cinco vezes na mesma semana, nem esse Natal do tem que, da obrigação de comprar qualquer coisinha pra não dizer que não se deu presente.
Gosto do Natal que começa no dia 1. de dezembro, com a abertura solene da primeira janelinha do calendário de advento, do Natal das bolachinhas, do Natal da emoção que faz a gente chorar até com o comercial do Zaffari (aliás, falando em comercial do Zaffari, qualquer semelhança entre bolhas de sabão e vaga-lumes, meninos vestidos de burrinhos e meninos sardentos com cara de não deve ser mera coincidência, né? Mas tudo bem, é a mesma agência, o mesmo anunciante, a gente curte igual, e afinal de contas é Natal, né?)
Gosto do Natal que serve de pretexto pra gente dar um alô, mandar um mail, dar um abraço em alguém - porque a gente fica se fazendo e acaba precisando de pretexto pra essas coisas tão simples.
E gosto do Natal do culto de Natal. Sou filha de pastor protestante, como é que não vou gostar de culto? Então sempre, sempre, sempre no comecinho da noite do dia 24, de banho tomadinho, vamos todos ao culto de Natal, pra ver a árvore da igreja enfeitada com bolinhas fabricadas mais ou menos no tempo em que Jesus nasceu e cantar as mesmas músicas tradicionais da idade média em versão meio estranha pro português de sempre (e ai deles se resolverem mudar). Tem sino, tem aquele papinho do pastor que eu nunca escuto direito, e lá quase no fim eu sempre choro lembrando da Oma, minha vó querida que fazia as melhores bolachas de Natal do universo.
Este ano, o culto de Natal foi mais divertido que a média. Primeiro, porque o pastor inovou e, num rompante de completa falta de noção, cantou um texto. Acontece que o coitado era muito, mas muito desafinado. O mais legal era ver o esforço do pessoal se segurando pra não rir. Os integrantes do coro da igreja, então, mordiam os lábios, se viravam, faziam que juntavam algo no chão, liam atentamaente as partituras, tudo pra não escancarar as risadas. Depois o pastor, além de desafinado, tinha um paita sotacón alemón que só fendo. E eu passei o tempo todo na dúvida sobre o tema do papo dele: afinal, ele tava falando de inverno ou inferno?
Eu não gosto de nenhum dos dois. Mas de Natal eu gosto.
Feliz Natal!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Passando o ferro

O prédio da MPM em Porto Alegre, ali na Silveiro, 1.111, era habitado por figuras maravilhosamente folclóricas.
Uma delas era a dona Lídia. Uma senhora grisalha descabelada e enorme, que, graças aos vestidos sempre floriados, parecia um sofá imenso de 7 lugares. A dona Lídia tinha uma voz inversamente proporcional ao corpo, falava com um fio de voz meio trêmula e fininha.
Não sei bem o que a dona Lídia fazia ali, e acho que nem ela sabia. Mas todo mundo conhecia o prazer mórbido que a imensa senhora tinha ao se deparar com crimes e tragédias. Ela lia com avidez as crônicas policiais, e quanto mais marrom o veículo, mais ela delirava com os relatos sanguinolentos. Mas não bastava ler, era preciso fazer a crônica da morte noticiada. A dona Lídia quase babava de prazer quando contava o que lia aos colegas, acrescentando, claro, detalhes importantes como tripas espalhadas no asfalto, cérebros melecando a parede, corpos decompostos & afins.
Mas o melhor mesmo era quando ela tinha algum relato direto pra fazer, sem mediação de jornal ou jornaleco nenhum. E como a dona Lídia morava numa vila muito pobre e violenta, nunca faltava tragédia pra contar e estragar o apetite dos colegas.
Um dos pontos altos da vida da dona Lídia foi o dia em que ela pôde descrever minuciosamente como uma família inteira, incluindo crianças, um bebê, uma jovem grávida, um senhor de idade e possivelmente também cachorro, gato e tudo mais viraram churrasco - obviamente depois de sofrer muito muito muito, num terrível incêndio perto da casa dela. Ela falou do fogo, dos gritos, dos corpos carbonizados. Era coisa pra virar episódio dos mais escabrosos do CSI.
E a história terminava com a dona Lídia dizendo que o fogo tinha queimado tudo e todos. Haviam se ido a família, a casa, os móveis, o calendário da entregadora de gás, a foto do padre Reus na parede. Foi se tudo, naquele inferno de chamas.
- "Só sobrou o ferro. Só o ferro."
Dizia a dona Lídia, com sua vozinha, sacudindo um pouco o corpanzil e baixando a cabeça, não sei se em sinal de tristeza pelas mortes, ou pra esconder o sorriso de orgulho pelo impactante fim que ela tinha bolado praquela história de fogo e ferro.

Lambidinha

Será que alguém no mundo não lambe a tampa do iogurte quando abre um pra comer?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Salve a seleção

Ainda no contexto da seleção pra professor substituto temporário da Ufrgs: é brabo concorrer com pessoas de quem a gente gosta, sabendo que só uma será escolhida. Mas podia ser pior. Podíamos estar concorrendo gente de quem não gostamos, e uma dessas pessoas ser escolhida.

Professorinhas

Que processo seletivo pra professor substituto na Ufrgs que nada. O legal mesmo é ser professora na Argentina.

Professoras argentinas participam de orgia com motorista

A Argentina foi abalada por um escândalo sexual recentemente, quando se descobriu que seis professoras faziam orgias com o motorista que as transportava até a escola onde trabalham.
Tudo começou a partir de uma descoberta da namorada do motorista, que percebeu que ele tinha uma série de fotos comprometedoras em seu computador. Eram imagens de relações sexuais com as seis professoras.
O caso foi descoberto pela rádio Sudamericana. As imagens retratavam as orgias que aconteciam cada vez que o motorista transportava as seis mulheres, cinco delas casadas, até a escola, que ficava no departamento de Saladas, na província de Corrientes.
A namorada do motorista, que, assim como ele, desapareceu de Saladas, também é professora e, ao ver as fotos, decidiu se vingar. Furiosa com o fato de amigas suas estarem envolvidas com seu namorado, ela enviou um e-mail com as fotos a seus conhecidos e aos maridos das mulheres para comprovar a traição.
De acordo com a imprensa argentina, o motorista desapareceu da cidade porque estava preocupado com a possível reação dos maridos das mulheres com quem havia realizado as orgias.
Terra Argentina

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

São Longuinho é o cara!

Anteontem à noite fui confrontada com o sumiço de um documento megahiperultrasuperprotoplurigigaimportante.
Desespero total.
Procurei em todos os lugares, incluindo os mais estúpidos (todo mundo que faz ou já fez mestrado sabe que, nessa fase, Tico e Teco definitivamente não prestam atenção na hora de guardar as nozes ou outras coisas como documentos megahiperultrablablablaimportantes, e o resultado é que no inverno a gente passa fome, e/ou, em qualquer estação do ano, não acha o que precisa).
Procurei muito.
Finalmente, capitulei.
E apelei.
Lá pelas 17h de ontem, invoquei São Longuinho e o Saci Pererê (ou seria o Negrinho do Pastoreio? Ai meu Deus, esqueci isso também).
E hoje às 2h da manhã, como que guiada por uma mão divina, caminhei até o gabinete, abri uma das gavetas, tirei a gaveta do encaixe, e outra e mais outra, e - sim! - ele estava lá. O documento megablablablaimportante tinha escorregado pra trás das gavetas. E São Longuinho e o Saci do Pastoreio tinham me levado até ali, eles me encaminharam até a solução dos meus problemas.
Glória, glória, aleluia.
Pro momento ficar mais lindo, só faltou mesmo aquele sol filtrado entre nuvens, estilo Edições Paulinas, e uma música de graças a Deus nas maiores alturas. Sol às 2 da madrugada seria uma superposição de milagres, não dava. E a música ia acordar a minha filha, melhor deixar assim.
O fato é que o papel aqueilotudoimportante estava ali, em carne e osso, ou melhor, pasta de celulose e tinta.
São Longuinho é o cara!
E o Negrinho Pererê é o carinha.
A fé não costuma falhar mesmo.
Na hora dei os três pulinhos de agradecimento pra São Longuinho. Pro Negrinho Saci do Pastoreio Pererê tenho que comprar um maço de cigarros, ou melhor, dois, já que esqueci pra qual dos dois enderçar meu insalubre e politicamente incorreto presente de agradecimento.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Banho de gato 4

Agora tente fazer o que a Eva propõe logo aí embaixo sem chuveirinho no banheiro, pegando água da pia e, portanto, com o box aberto e munida de um balde. Enfie o balde, a gata, o marido e você dentro do box minúsculo. Não tire a roupa, porque a sacanagem que vai rolar ali é de outra ordem. Peça pro marido segurar a gata, mas reclame a cada 30 segundos que ele está segurando forte demais, que já deu, que já foi enxaguada o suficiente e pelo amor de deus não deixa entrar água no ouvido dela. Mas antes de tudo isso alguém tem que ter a brilhante idéia de tosar o bicho com uma máquina de cortar cabelo que nunca foi usada, que ninguém lembra onde tá e a proposta é tosar a barriga da bichana. E quem vai segurar a gata de novo é o marido.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Banho de gato 3

Gato de apartamento de andar alto não precisa, em tese, de muitos banhos. A não ser que o referido apartamento abrigue, ainda que ocasionalmente, fedelhos desgovernados portadores de coisas melequentas e suficientemente hábeis pra conseguir segurar o bichano e esfregar nele um pirulito, grudar nele um chiclé ou besuntá-lo com negrinho. No caso da gata da venuss (vide post imediatamente anterior a este), acho que esse risco é praticamente inexistente. Então a decisão dela de só banhar a gata outra vez pra festa de 15 anos parece bem acertada.

De qualquer forma, aproveito o ensejo pra dar uma receita de banho de gato.

Ingredientes:
Shampoo de gato
Uma toalha de banho de gato
Panos pro gato deitar
Um box de chuveiro
Um secador
Um gato
Espírito de aventura
Distância (vários quilômetros) do marido, pra ele não presenciar a cena indigna que vai se configurar no banheiro da casa.

Importante:
Se o seu chuveiro tiver só cortina, nada do que está escrito aqui vale. É imprescindível que o gato seja passível de aprisionamento.

Modo de fazer:
Bem antes de dar o banho, prenda o gato na gaiola de transportar gatos. Gatos lêem pensamentos, quando você cogita dar um banho, eles captam a mensagem, e aí acionam o seu segundo superpoder, que é o de se desmaterializar irreversivelmente até você desisitir de dar o banho. Então antecipe-se, e prenda o gato bem antes.
Perto da hora H, mande o marido ir pro boteco tomar cerveja. Ele vai estranhar horrores, porque mulheres não costumam fazer isso de mandar o marido beber no boteco, então explique a situação pra ele não pensar que você arrumou um amante. Conte que vai dar banho no gato, sem deixar de esclarecer que gato, nesse caso, se refere efetivamente ao felino que mora com vocês. Seja franca e diga que não quer que ele, marido, a veja perdendo a compostura - como invariavelmente acontece quando se dá banho em gato.
Leve o gato ao banheiro, feche a porta e abra a gaiola do gato pra se divertir com as tentativas desesperdas dele de sair dali enquanto prepara tudo.
Tire a roupa até ficar de calcinha e sutiã (a sua roupa - o gato pode ser peludo, mas já está pelado). Coloque a touca de banho.
Ligue a água do chuveiro, regule a temperatura, acione a mangueirinha.
Tire o gato de cima do lustre, coloque no box, entre também e feche a porta numa fração de segundos (você pode treinar antes, sem o gato, pra ganhar agilidade para esse momento crucial do processo).
Pronto, agora você já é praticamente uma vitoriosa da fase I (a fase II que é a da secagem tem algumas complicações, mas nada que você não supere). O gato, mesmo ensandecido e desesperado, não vai conseguir fugir. Você, que não é boba nem nada, não vai nem tentar segurar o ser unhudo. Ao invés disso, vai ficar tentando molhar o gato com a mangueirinha.
Lá pelas tantas você consegue molhar o bicho - afinal ele vai estar esbagaçado de tentar sair do banheiro, de ficar pendurado na luminária e de tentar fugir da água da mangueirinha.
Dê uma risada maligna pra sinalizar pro gato quem é que manda.
Encurrale o bichano num canto do box.
Sem tentar segurar o gato no colo, passe o shampoo nele do jeito que der.
Repita a brincadeira de tentar molhar o gato. Se você já conseguiu antes, agora vai ser moleza.
Dê outra risada malévola para marcar o momento de êxito e fixar a mensagem de que você é definitivamente a fêmea alfa do pedaço.
Passe uma água e um sabonete em você, pra não ficar com o cheiro do shampoo de gato que obviamente respingou no seu corpo aos montes. Ainda bem que você estava de touca de banho, senão ainda por cima teria que lavar o cabelo.
Desligue a água. Saia do box chutando o gato com cuidado, apenas com força suficiente para que ele não saia também, evitando pô-lo inconsciente ou coisa pior.
Seque-se com a toalha (a sua, não a do gato).
Entre novamente no box, munida da toalha (do gato, não a sua).
Tente tirar o excesso de água do animal com a toalha. Não vai dar muito certo, mas azar.
Abra o box e deixe o gato sair, mas evite que ele volte ao lustre para evitar curto-circuitos.
Peque o secador e faça mais ou menos o mesmo que com a mangueirinha: fique mirando no gato e tentando acertá-lo enquanto ele foge do ar quente como o diabo da cruz.
Quando o gato estiver menos encharcado - por causa do ar quente ou da correria, não interessa, o que conta é o resultado - e você estiver exausta de tentar secá-lo direito, desista. Saia do banheiro. Use novamente chutes leves para evitar que o gato saia junto.
Deixe o gato úmido preso no banheiro por algum tempo - umas duas horas mais ou menos. Nesse tempo, ele não vai secar, mas vai ficar menos úmido.
Enquanto isso, troque de roupa e espere o marido voltar.
Lá pelas tantas, solte o gato.
Quando o marido chegar, aproveite todo o know how adquirido pra dar um banho nele também - ele vai estar pinguço, precisando de uma boa chuveirada. Lembre-se que agora tudo fica mais fácil. Maridos não tem unhas pontudas, não sobrem no lustre e em geral são menos peludos que gatos.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Banho II

Resolvi dar banho na Lisbela. Em casa (tenho cá meus motivos pra não querer levá-la pra tomar banho em pet shop).
Resultado:
- um arranhão no pescoço
- um banheiro encharcado
- 4 discussões com o marido (uma na hora de aparar os pêlos da barriga, uma na hora de enxaguar o bicho, uma na hora de escovar e uma na hora de lavar a toalha da gata)

Definitivamente, se ela tomava banho 2 vezes por ano e olhe lá, depois dessa, volta pra água só pra festa de 15 anos.


sábado, 8 de dezembro de 2007

Rola e Rala

Por que uma mulher sairia de casa com uma calça escrito ROLA (em caixa alta mesmo) na bunda?
A Rola Moça é uma marca de moda fitness que eu realmente não tenho a menor idéia de como pode fazer sucesso. E olha que, na academia que eu freqüento, várias mulheres, de várias idades, vestem suas peças.
Como pode uma marca que quer atingir um público em busca de boa forma usar um nome que lembra formas redondas? Porque só mesmo sendo muito redonda pra Moça conseguir Rolar. Ou então, sendo mais bagaceira, como alguém permite ter a palavra 'rôla' escrita na bunda? Meu deus, e logo na bunda!
Outra marca que já vi por aí que deve ter sido criada na esteira da Rola Moça é a Rala Bela. Helloww?!? Quando as pessoas tão malhando, elas não gostam de lembrar que ainda precisam ralar muito pra ficarem belas. E, outra, sou só eu que lembro de Rala Xeca quando leio isso?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Gosto inconfessável por pipoca doce

Nenhum cinéfilo tem o direito de devorar ruidosamente pipocas enquanto desfilam pela telona os talentos de diretores e atores maravilhosos.
Preencher com uma milharal crocância os longos silêncios dos filmes iranianos é um crime que provavelmente o corão pune com trocentas chibatadas.
Pipoca no cnema é feio.
É barulhento e melequento.
Não é cool.
Sei de tudo isso.
Mas sou absolutamente tarada por ter como acompanhante um saco (nunca pequeno, por favor) de pipoca doce nos meus contatos com a sétima arte.

Meg

Minha gata que pensa que é persa já se recuperou da última depilação. Está quase bonitinha outra vez. Sinal de que será preciso tacar o tesourão de novo. Mas desta feita vou ter que dizer o óbvio pra mocinha da pet shop: pode tosar os pêlos, mas por favor, me deixa os bigodes na gata!

Glam Rock???

O que faz um gordão meio careca e suarento, de chinelo chinelão, numa das intermináveis filas de dezembro das lojas Renner, usando uma camiseta em que está escrito, em rosa pink com brilhos salpicados, "Glam Rock"???

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Psicose

Um dos bons momentos no ciclo de geralmente medianos, por vezes fraquinhos, mas em alguns momentos até que merecedores do adjetivo altos estudos Fronteiras do Pensamento aconteceu hoje, com a palestra do Michel Houellebecq.
Ao vivo ele também é interessante e de uma ironia instigante.
Radicalmente contra oficinas de texto e assemelhados, ele disse que não dá para ensinar alguém a escrever um livro, e que graças a Deus (não acho que ele tenha citado Deus, não combina, mas enfim, o sentido ia pra esse lado do exagero supremo) não existem escolas que ensinam a fazer romance na França.
E o golpe de misericórdia ele deu quando disse que as oficinas de escrita criativa no máximo servem como bons espaços terapêuticos para a pessoa se tratar de desvios psicológicos leves (aquele papo de desabafar na escrita, de se curar pelo texto). Bateu a neura? Elementar: te inscreve numa oficina literária, escreve que passa.
Não sei se eu teria gostado de saber a opinião dele sobre blogs. Acho que não.

Out of tle litlle house - Part II

Mas mal mesmo tô eu, que fico postando coisas como foto e comentário sobre a Britney Spears.

Out of the little house



Gente, essa menina Britney Spears não tá bem.

Bodum, chulé & bafo

Antes de ter filho eu nem imaginava que criancinhas fofas e meigas pudessem ser mal-cheirosas, exceto talvez a bunda delas depois de um cocô na fralda, ou a nuca, que fica azedinha depois de muito tempo no sol.
Agora me deparo todos os dias com a realidade:
Crianças fofas e meigas têm um baita chulé.
Crianças fofas e meigas acordam com o maior bafo de tigre louco.
Crianças fofas e meigas cheiram mal no fim do dia.
E crianças fofas e meigas têm casquinha na orelha, unha preta, remela (muita remela), encardidos nas dobrinhas e muito mais.
Em suma: criança também é gente.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Diversão free

Eu aqui, 22h30, cheia de trabalhos pra acabar ainda hoje e páro tudo pra fazer caridade: um convite pra um evento feminino. Mais: o convite é no amor. Mais ainda: é pra um evento de amigas que eu nem vou participar. Mais, mais ainda: o evento se chama Brexota e vai ter um monte de mulher fazendo troca-troca.

Gula

Gosto tanto, mas tanto de Ouro Branco que não consigo dividir com ninguém.
Já a venuss, que é muito mais desprendida, guarda o bombom e dá a metade pro marido quando chega em casa, a lindinha.
Eu, ser desprezível, mesquinho, devoro sozinha o meu Ouro Branco. Pra repartir, só se tiver Outro Branco.

As pessoas e seus shows


A Marisa Monte está de volta a Porto Alegre. Em 2000, assisti ao show dela no Sesi sozinha, um dia antes do dia dos namorados, na segunda fila. Foi o meu auto-presente de solteira.

Ano passado, quando ela trouxe o mesmo show que estará no teatro do Bourbon Country neste final de semana, cheguei muito tarde às bilheterias e só consegui ingresso na última fila. Não imaginei que os shows iriam lotar tão rápido. Também não imaginei que tem gente tão mal educada pagando caro pra assistir a alguns espetáculos.

Sentar na última fila é uma aventura. No Teatro do Sesi, eu nunca tinha sentado em outro lugar a não ser a platéia baixa. E sempre achei um território extremamente civilizado. Já na última fila do teatro, é um faroeste, terra de ninguém. Eu não conseguia nem ver a boca da Marisa Monte abrindo e fechando, mas eu não parava de ver as amígdalas das 3 guriazinhas que fofocavam e riam alto do nosso lado. Falta de respeito de marca maior. Semnoçãozice de fábrica. E o meu marido, que é mais educado que eu nessas horas, ainda pediu delicadamente pra que elas ficassem em silêncio pra gente poder acompanhar o show e elas "ai, tá incomodadinho?". Não lembro o que eu respondi, mas sei que não foi alguma coisa simpática. Mas a vontade mesmo era arrancar a língua delas fora e dar nó.

Fiquei morrendo de vontade de ir ver o show de novo, mas, desta vez, só se o Papai Noel resolver me dar ingressos de presente. E olha que eu mereço, porque hoje tenho mais um cartão de Natal pra criar.

MARISA MONTE no show Universo Particular - dias 07 e 08 de dezembro.
Sexta-feira e sábado, às 21h no Teatro do Bourbon Country
Galerias R$ 130,00
Mezanino R$ 150,00
Platéia alta R$ 150,00
Platéia baixa R$ 200,00
Camarote R$ 250,00

10% desconto para titular Clube do Assinante Zero Hora.
10% desconto para titular cartão Renner.