domingo, 30 de setembro de 2007

O menor conto de fadas do mundo

Era uma vez um príncipe e uma princesa que viveram felizes para sempre.

Lalari-la-la

Frase fofa da minha filhota de três anos e meio:
- Mamãe, eu sou o CD e tu é a música.
Quase cantei de felicidade quando ouvi isso.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O executivo e as uvas

Zaffari da Otto, zona sul de Porto Alegre, por volta de 13h e 15min da tarde de hoje.
Um homem entre 35 e 40 anos, traje executivo - terninho, gavatinha, sapatinho lustradinho - e jeito de quem pode mais que os outros e várias coisas caras no carrinho está postado em frente a uma apetitosa pilha de uvas de mesa.
Ele come uma uva. Rumina feliz. Depois come mais uma. Mastiga, engole. Escolhe outra - nham!E manda outra. E pega mais uma. E outra, e outra, e outra, e muitas outras mais.
Perdi a conta de quantas uvas foram ingeridas.
Mirei o sujeito ostensivamente pra ver se ele parava, mas a atividade de baba-uva o absorvia por completo. Os funcionários ali perto não viram, ou fingiram que não viram.
Me deu vontade de mandar uma banana pro sujeito, que pegou e não pagou as uvas. Ou, em bom português, roubou.
Fiquei pensando como seria se o cara fosse pobre, mal-vestido, com um carrinho contendo só sabão, arroz, repolho e carne de segunda. Ele teria conseguido se empanturrar de uvas daquele jeito sem ser interpelado?

Furry Happy Monsters

Pra quem curte o REM e morre de saudades do maravilhosos Muppets, aqui vai o link pro encontro dessas duas coisas bacaninhas:
http://www.youtube.com/watch?v=zkHM8xG6i8o

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Paraíso

Depois de ficar enchendo este blog de posts delícias (o porquinho da índia aí debaixo eu passo, me nego a comer um bichinho desses) eu queria anunciar em alto e bom som que a Eva faz parte do grupo humano que eu mais desprezo, abomino, tenho ojeriza, enfim,
O hífen D hífen E hífen I hífen O:
ela come, come, come e, pra tristeza da torcida, não engorda.

Acho isso abominável.
Ignóbil.
Indigno do céu.
Porque pra mim o céu é um paraíso sem calorias.
E a Eva já mora nele.

Cui-dado que eu mordo

Pra compensar o excesso de açúcar do post anterior, resolvi comentar um dos pratos típicos do Equador. É o Cui. Porquinho da índia. Assadinho inteiro, com orelhinhas, olhinhos, unhinhas. Não sei dizer como prepara, mas duvido que aqui alguém queira saber mesmo. Mas confesso: eu comi cui. Roi até os ossinhos. Só não fiz o que um equatoriano sugeriu, que foi comer também o cerebrinho do animal.
Cui é delicioso.
Coitadinho do cui.
Importante: essa foto não é minha. Aliás, dá pra ver de saída que é um rapaz, né? Digo, o da esquerda, porque na direita está o infeliz cui. Como a minha foto da degustação não está boa, peguei esta na internet, do blog http://calvinarch.blogspot.com/

TPM total

Doce de leite de geladeira, quando adquire aquela consistência que permite equilibrar um montãozão em cima duma colher de sopa.
Leite condensado, também de geladeira - mesmo não dando pra empilhar na colher fica gostosamente denso.
Chandelle de chocolate branco muuuuito gelado.
Ambrosia.
Pudim de boa consistência regado a litros da calda.
Banana frita caramelada.
Ninho.
Uma sobremesa que tem domingos no Machry (bistrôzinho querido da zona sul de Porto Alegre)e que consiste em um creme com jeito de doce de leite misturado com leite condensado, repleto de pedacinhos de bolachinha de ginger (aquelas bolachinhas fininhas crocantes e que levam gengibre).
Uma torta que a venuss comeu agora há pouco e teve o desplante de descrever num e-mail: é de negrinho e branquinho. Tem uma massa podre de chocolate super-hiper fina e uma camada gorda de leite condensado puro cozido e outra camada gorda de negrinho. A coisa mais doce e enjoativa que o universo culinário já criou.
Qualquer coisa que faça mal, engorde toneladas, arranhe a garganta e seja de uma doçura enjoativa ou pior.
Adivinha se eu tô em TPM?
(Special thanks to venuss, que ajudou a construir essa gorda lista, e que, pela descrição da torta que ela fez, também tá visivelmente em TPM)

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Palmas pro Palm

Uma das melhores coisas que me aconteceram na vida foi o Palm Top. Mas antes de você comentar a pobreza que deve ser minha vida sentimental e espiritual, quero destacar que o Palm foi uma das melhores coisas MATERIAIS que já me aconteceram.
O Palm Top é um daqueles itens sem os quais hoje eu não sobrevivo mais. Primeiro, porque é tão fácil de mexer que até eu, que tenho conhecimentos de informática mais ou menos equiparáveis a uma mulher de neandertal, consigo. Depois, porque o Palm é a materialização dos mais loucos desejos de quem tem (nem que seja um pouquinho) TOC.
Dá pra colocar tudo no Palm. Cabem listas e mais listas - listas de futuros, como coisas que a gente ainda quer ler, escutar, assistir, fazer, visitar, colocar no guarda-roupa. Listas de passados - como o nome dos colegas da aula de natação do ano passado, a lista de filmes que você viu, os lugares que já visitou, as coisas que emprestou e não te devolveram. Cabem milhões de nomes, e dá pra colocar anexos nos nomes com informações úteis como a descrição da aparência da pessoa, número de filhos, de onde você conhece, se a pessoa tem bafo, qualquer coisa. Dá pra programar os registros pra que sejam repetidos, então a gente coloca o aniversário do fulano ali uma vezinha, programa e pronto, nunca mais a gente esquece o aniversário do cara. Todo ano o santo Palm avisa da data querida. Também dá pra colocar ali tudo que tem que ser feito, do pagamento da conta à hora de trocar os sachês das gavetas, ou de virar o colchão (sim, sim, eu faço tudo isso - meu TOC é do mais alto grau). Ah, e tem mais duas coisas sensacionais: 1) o Palm te dá aquele prazer absurdo de tirar coisas da pauta do dia sem precisar marcar ou riscar e 2) É ótimo pra tirar da bolsa e impressionar alguém (sim, sim, as pessoas ainda se impressionam com esse sucedâneo de agendão eletrônico, especialmente quando você pega a canetinha e começa a escrever na tela).
Palmas pro Palm que ele merece.
Importante: quando falo em Palm, me refiro a todo tipo de handheld. A 3Com não me paga pra fazer merchandising deles nem nada, e pra dizer a verdade nem gosto da 3 Com. Mas é bem mais fácil falar e escrever Palm que handheld.
Importante 2: o Palm tem, claro, um monte de desvantagens, como o preço, a fragilidade, a assistência técnica só em SP, a necessidade de ter backup dos dados sempre, etc.
Mas mesmo assim, continuo achando o Palm tudo de bom.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Calçolas e panos de prato

Quando vim morar em Porto Alegre, já se vão mais de 6 anos, dividi apartamento por um bom tempo. Várias coisas me irritavam, principalmente ver a figura misturar as calcinhas e os panos de prato na hora de lavar. Eu chegava da faculdade depois das 23h e encontrava a máquina cheia de roupa lavada (eu ainda tinha que estender pra poder usar a máquina!) e, dentre calçolas, meias e sutiãs alheios, os panos da cozinha. Eka! Eka! Eka!
Hoje aproveitei pra lavar roupa, já que parece que esse sol não deve durar muito tempo no céu. Coloquei roupa de cama, pijama, calcinha, cueca e camisa na máquina tudo de uma vez. Mas na hora de estender, vi uns quantos panos de prato enrolados no meio daquilo tudo. Esqueci que ontem à noite eu joguei os panos na máquina pensando em lavar hj de manhã.
Lembrei do eka, eka, eka e lavei tudo de novo. Separado, óbvio.

Raios ultra-violentos

Por que será que toda falsa loira de cabelo ultraalisado e roupa justa que saracoteia de salto alto pelo shopping é invariavelmente excessivamente bronzeada?

domingo, 23 de setembro de 2007

Como é que tu bate no meu carro?

Eu tinha acabado de sair da garagem do shopping, chuva caindo de balde e, na segunda sinaleira fechada, parei atrás de um Clio. Eu mal tinha parado e o carro da frente começou a vir pra trás. Senti o tamanho da merda que ia acontecer e buzinei pro motorista se ligar que o carro tava 'solto', mas três segundos depois deu pra ouvir o bum. Liga pisca alerta, tira o cinto, olha pra chuva que não dava trégua, respira fundo e sai do carro pra ouvir desculpas e ver se nada tinha acontecido. Depois de eu já estar na chuva, saiu uma mulher do Clio que chegou perguntando toda cheia de razão: como é que tu bate no meu carro?
Sabe quando a vida não te preparou pra uma situação dessas? Sabe quando a boca abre, a cabeça pende um pouco pra direita, os olhos param no tempo, a respiração trava por um segundo e o cérebro só faz hã?! Sabe quando tu que normalmente tem resposta pras coisas sofre uma pane interna? Eu só respondi: mas foi a senhora que veio pra trás. A mulher negou, óbvio, e eu ainda tava com aquela cara de idiota quando vi que não tinha sido nada, ao menos no meu carro. Mas foi só fechar a porta que uma série de respostas começou a pipocar na minha cabeça:
- Como é que tu bate no meu carro?
a) É meu passatempo de final de semana, eu buzino pra avisar que vou bater.
b) Sua anta (nunca senhora) foi tu que deixou o carro correr pra trás.
c) Se tá em dúvida sobre qual deles é o freio, filha, aposta na coluna do meio.
d) Hellooww!!!
e) Se o pé tá cansadinho, usa o freio de mão.
f) Senhor, ela não quis dizer isso, ela não quis dizer isso...

Mas o que realmente mais me dói, é que eu ainda fui educada, chamei a mulher de senhora.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Caderno de capa dura e giz de cera

Coração e bolsa, sendo de mãe, são iguais: sempre cabe mais um ou mais uma coisa. Lógico então que minha bolsa seja habitada por zilhões de coisas imprescindíveis quando saio com a filha.
Uma delas é um caderno de capa dura e um estojo de giz de cera.
Quem me ensinou isso foi minha comadre, que é meu benchmark em maternagem.
Por que a capa dura? Pra poder desenhar em qualquer superfície e mesmo na ausência de uma.
Por que giz de cera? Porque não mancham a roupa, não pintam a pele, não quebram a ponta e não perdem a tampa.
Um caderno de capa dura e giz de cera garantem esperas menos desesperadas em restaurantes, antesalas de médicos e dentistas e qualquer outro lugar em que não haja recreacionstas gritonas, pirulitos gosmentos ou brinquedos ainda que desmantelados.
Um caderno de capa dura e giz de cera permitem que a atividade seja repartida com outras crianças sem gerar constrangedoras cenas de egoísmo infantil explícito.
Um caderno de capa dura e giz de cera permitem que o seu jovem rebento desenhe no carro, o que ajuda a encarar coisas sem noção como uma ida a Santa com a BR 101 em obras (já o caos aéreo é outra história, aí nada ajuda!)
Enfim, um caderno de capa dura e giz de cera são o melhor remédio contra o envelhecimento precoce de uma mãe e custam bem menos que aquele creme anti-rugas-com-lipoesferas-em-gel-preenchdoras-de-colágeno-de-fetos-de-botos-cor-de-rosa-que-contribuíram- voluntariamente-com-a-doação-da-substância-e-não-foram-de-forma-alguma-maltratados-ou-explorados-durante-as-filmagens da Lancôme.

Dramin não dá pra mim

E mais uma pergunta que me faço - essa surgiu quando tive que dar Dramin pra minha filhinha pela primeira vez: por que esse bendito remedinho - que já me disseram ser o único remédio eficaz contra vômitos e enjôos nesse país - tem que ter um gosto tão horrorosamente hediondo quando é indicado também pra crianças? É pra não vomitar, mas o gosto é nauseabundo.

Mamoespremeção

Um pergunta que me faço desde os 35 anos - isto é, desde a minha primeira mamografia: como é que ainda não inventaram um jeito economicamente viável de verificar os nossos peitos sem ter que submeter os pobrezinhos àquele procedimento grotesco de colocá-los entre chapas de vidro que vão se aproximando, se aproximando, se aproximaaaaando até transformar até a mais ovo-frito das mamas numa rodela do tamanho de uma pizza grande?

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Da Ali G Show

Apesar de volta e meia ser acusada de extremo Polianismo e dizer montes de coisas que parecem saídas do mais rasteiro manual de auto-ajuda, eu adoro mesmo é o politicamente incorreto. Chamar anão de verticalmente prejudicado, por exemplo, acho o fim. Assim, não posso não gostar do Sacha Baron Cohen, aquele que fez Borat. E obviamente também a-do-ro o Da Ali G Show, que a Sony passa nas terças e domingos às 22h e 30min e segundas e quartas às 2h e 30min. Assista e me diga o que achou. Eu choro de rir cada vez que vejo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Há um mundo bem melhor?

Na qualidade de mãe, a gente vive fazendo programa de índio. E pior: a gente acha bom! Neste fim de semana, fui ao Mini-mundo, em Gramado. Casinhas, castelinhos, trenzinhos, praçinhas, vulcãozinho... muitas maquetes, instalações, pequeninas cenas que são, por si sós, historinhas curtas de algum evento. E o cara que fez aquilo deve ser o assassino das maquetes da sétima temporada do CSI, porque vi várias ceninhas de acidentes e eventos trágicos naquele microcosmo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Casamento

Casamento sempre rende assunto. Seja uma declaração amorosa como esta (Quarta-feira, Setembro 12, 2007) ou um escrachado discurso com base em estereótipos que, no final das contas, sempre nos faz rir (como no vídeo abaixo).



Comentário nada a ver com o tema, mesmo porque hoje eu decidi dar voz a outros ao invés de me pronunciar sobre o assunto (mas tô muito bem casada, obrigada): eu adoro o papel que o Rafinha Bastos faz no Mothern (ele é o marido da Raquel, o piloto casado com a publicitária). Já o cara que faz o marido da Beatriz (a arquiteta) eu daria um Framboesa de Ouro sem piscar duas vezes. O cara é uó como ator.

Dálti Vêidel


Meu marido é fã do Star Wars. E fica passando as noções básicas sobre a saga pra nossa filhota. Como ela tá na fase de bruxas, lobos, monstros e afins, ficou terrivelmente impressionada com a história do Darth Vader. Que ela chama de Dálti Vêidel. O Dálti Vêidel é muito, muito, mas muito mais malvado.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ainda o Renan

Era pra cassar o Renan. Mas o que foi cassado foi o decoro, a vergonha na cara, o respeito pelos cidadãos. E como tudo sempre podia ser pior, vejo hoje na mídia por aí várias tentativas de colocar a culpa só nos 6 que não compareceram à votação. E aí eu pergunto: tá, e os 40 que votaram a favor do Renan, hein???

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Mais uma oportunidade perdida

Hoje o senado podia ter mostrado que respeita os cidadãos desse país.
Podia ter provado que lá os canalhas não tem vez.
Podia ter tido um mínimo de respeito por você, por mim.
Podia, mas não fez.
E absolveu o Renan.

Nem o rato roeu

Se eu tivesse paciência e fosse mais refinadinha, compraria queijo em pedaços e o cortaria sobre uma bela tábua de madeira com uma faca adequada e blablabla.
Como não tenho saco nem sou chique (até porque quem é chique não fica dizendo que não tem saco), compro queijo fatiado em pacotinhos hermeticamente fechados lá no Zaffari mesmo.
Esses dias inventei de comprar um que nunca tinha comprado antes. O queijo lanche da Corlac.
Por favor, não tente fazer o mesmo em casa ou no super ou onde quer que seja.
O gosto é ruim. Ou melhor, que gosto???
Mas o pior é que aquela coisa que na embalagem se define generosamente como queijo deve ter feito um curso com o arroz que minha mãe prepara: é a coisa mais "unidos venceremos" que já vi e tentei comer. Vem tudo grudadão. E aí separar uma fatia inteira desse queijo lanche fatiado Corlac acaba sendo um desafio maior que o de montar o Cubo Mágico lá nos idos dos anos 70.

O incrível poder dos prolegômenos

Prolegômenos.
Eu sempre achei o termo tão legal.
Meu sobrenome tá longe de ser complicado e nórdico que nem o do Hjelmslev, que escreveu o livro Prolegômenos a uma teoria da linguagem. Mas tenho certeza que mesmo ao mais singelo João da Silva a palavra prolegômenos emprestaria uma respeitabilidade e um QI quase inigualáveis.
O meu Eva, então, jamais será o mesmo depois dos prolegômenos.
Só seria mais impressionante se eu conseguisse lembrar o que é mesmo que a palavra significa.

Conexões hídricas

Minha filhota começou sua vidinha de sereia: hoje foi a primeira aulinha de natação dela.
E eu ali, pertinho da piscina, conferindo atentamente se minha tentativa de perpetuar o DNA sobreviveria aos perigos das águas.
Lá pelas tantas finalmente percebi que a Mariana não seria vítima de nenhum monstro aquático e que a professora não deixaria que ela se afogasse.
Então reassumi meu papel de mestranda dedicada e fui exercitar os neurônios.
E olha que legal a coincidência: o livro que eu levei pra ler era o (maravilhoso e imperdível) Modernidade Líquida.

De um passado não tão distante

Acabei de enviar um artigo para publicação numa revista científica. Nas instruções para os autores pediam três cópias impressas e uma em disquete. Em tempos de e-mails e formulários eletrônicos ir até o correio já não é tarefa habitual. Agora, salvar em disquete? Putz, onde é mesmo que eu enfiei a última caixa de disquetes? Fucei um pouco e encontrei um, etiquetado TCC (e olha que eu me formei em 2003). Desvirginei o drive de disquete, sim, porque é a primeira vez que eu enfio um nesta máquina e ele pedalou, pedalou, pedalou, deu mensagem de erro e não abriu. Catei pelas gavetas e encontrei uma caixa com uns 6 disquetes virgenzinhos. A caixa era tão velha que a etiqueta pra identificar o conteúdo nem colava mais. Assim como pedir cópia em disquete também não vai colar por muito mais tempo.

Como é que pobre faz?

Meu marido precisa trocar a lente dos óculos. Ele agora entrou pro clube multifocal. Então fomos pro Iguatemi fazer pesquisa de preço. Eu que nunca precisei de óculos, fiquei assustada com os valores. Também fiquei surpresa ao ver a mesma estratégia que o Omo usava presente no mercado de lentes: lembra que o Omo sempre foi o que lavava mais branco? Lembra que a cada mês eles lançavam um novo Omo que lavava ainda mais branco? Eu, lá pelos meus 10 anos de idade, antes de saber que existia uma coisa chamada marketing, não entendia como isso era possível. No mercado de lentes, o processo é parecido, todas são boas, mas sempre tem uma que é o último lançamento que é a mais incrível das mais incríveis, a superação tecnológica, o supra-sumo da qualidade e também do preço (se bem que isso não é exclusividade deste mercado).
Depois de ter escutado todas as maravilhas das lentes supra-sumo, explicações com desenhos, caras e bocas de quem entende muito e anotações de preços em ascendência, lá pelas tantas meu marido pergunta, na lata pra vendedora: vem cá, hein, e como é que pobre faz? E ela achando a pergunta totalmente sem noção diz: compra uma mais barata do que essas aqui.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O cu da cobra


Abaixo do cu do cachorro todo mundo conhece e todo mundo já ficou. Mas tem coisa bem pior. É ficar abaixo do cu da cobra.
Nada mais rasteiro, mais baixo, mais deprê.
E é por causa dessa radicalidade toda que adoro a expressão abaixo do cu da cobra. Gosto quase tanto quanto do leitão vesgo e da galinha morta.

Crime, castigo e as letras

Pais marinheiros de primeira viagem têm sempre um índice de sem-noçãozice relativamente alto. No meu caso os níveis são alarmantes, temo. Na busca desesperada por referenciais, leio, assisto & ouço tudo sobre crianças, de pitacos intrometidos a tratados acadêmicos sobre psicologia infantil. E obviamente nisso se incui a Supernanny e outros reality shows afins. Passa no SBT e também passa na TV a cabo, mas sou distraída demais pra lembrar em que canal e quando. Enfim, a Supernanny dá dicas interessantes, sem falar que aquelas famílias-problema que ela visita e cujos entreveros ela aparentemente resolve são um alento pra pais desesperados, porque mostram que tem coisa beeeem pior que o que você está passando.
A Supernanny faz basicamente sempre as mesmas coisas. Mas pessoas como eu assistem mesmo assim, porque demoram pra aprender e porque precisam se consolar.
Uma das suas estratégias eternamente repetidas pela Supernanny é deixar a criança de castigo quando ela infringe as regras da casa.
(Parênteses pra divulgar o método Supernanny de deixar a criança de castigo: o castigo consiste em sentar a criança num lugar muito sem-graça por alguns mintuos -2 anos = 2 minutos, 3 anos = 3 minutos e assim por diante. Antes, tem que dizer por que a criatura está sendo posta ali, e tem que dizer que ela fez algo errado e que deve pensar no que fez. Se a criança tentar sair, tem que colocar de volta quantas vezes for preciso, com firmeza. Depois, a gente vai lá, pergunta se a criança está arrependida, se ela sabe o que fez de errado, e aí vem o abraço e a reconciliação).
Aqui em casa, há vários crimes previstos no Código Familiar Penal. Agredir os pais, por exemplo, dá castigo direto, sem aviso prévio. Agressão é gritar, bater, empurrar, morder, cuspir, beliscar, rosnar (sim, eles rosnam também!), arremessar objetos mesmo que sejam macios e por enquanto graças a Deus só isso - mas tenho certeza que ela vai descobrir mais maneiras.
Mas enfim, agredir os pais = castigo direto.
Hoje a Mariana me empurrou. Uns 30 segundos depois dela começar a cumprir a pena, escuto um cantar alegre. Era literalmente um canto no cantinho.
Vou até o quarto e vejo que ela está lá, no cantinho, mas está feliz, "lendo" as letras de um grande caixa decorada com figurinhas e textos que fica no quarto, e cantando aquela musiquinha do ABC (que ela sabe inteira, a lindinha).
Tão novinha e já percebe nas letras uma possibilidade de redenção. Ou seja, se um dia ela for pra prisão, obviamente vai ser uma versão feminina do Graciliano Ramos e escrever maravilhas como Memórias do Cárcere.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Quando é mesmo que começa o feriadão?

Passei o feriadão trabalhando. Planos de cinema, passeios e coçação foram pro espaço. A perspectiva de viagem já tinha bailado há muito. Só hj, segunda de noite, consegui respirar profundamente sem achar que isto tiraria uns 30 segundos da minha concentração no trabalho. Nem sair pra comer entrou nos meus planos, mais porque eu sou uma indisciplinada que quando volta do restaurante quer mais é ficar na frente da TV e não voltar pro tronco escravo que é o micro.
Mas a sensação que reina hoje pra mim é "já passou?". O tal feriadão esperado já passou? Foi mais ou menos como tem sido meus finais de ano: chega 2 de janeiro e eu me pergunto 'o Natal já passou?' Já é ano novo? Por que mesmo que eu não acompanhei as cenas dos últimos capítulos? Quando é que vai passar no vale a pena ver de novo?

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Corpo de academia

Leio o post da venuss sobre a Susi lipoaspirada. E penso mais uma vez no meu corpo. Tenho 42 anos e meio.
Uma filha.
E faço mestrado.
Como sou super cdf e incapaz de fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, dedico meu horário comercial (e uma parte significativa do não-comercial também) pras atividades acadêmicas.
Resultado: tô com um corpinho de academia!
Academia acadêmica.
Horas e horas e horas malhando só os neurônios, sabe como é?
Minhas sinapses estão todas com barriga tanquinho.
A massa cinzenta tá saradíssima.
Mas o resto... aiaiaiai.

Susi lipoaspirada

Já que não faz muito que a Eva tava falando da boneca Susi, achei legal postar uma imagem da Susi pós-cirurgia. Sim, a Susi também aderiu e agora é a mais nova lipoaspirada do mercado. Literalmente. Pra comemorar os 70 anos da Estrela, a fabricante da boneca, resolveram dar um trato na Susi. Carta branca, ou melhor, cheque em branco: vai pro cirurgião e faz o que tiver vontade. Ela deve ter levado uma foto da Barbie pra consulta e dito pro médico: me deixa assim! Quero voltar a ter sucesso!
Mas ele só mexeu do pescoço pra baixo, porque o cabeção ainda continua por ali.
Ah, ela vai mostrar o novo shape no dia 11, numa festa especial na Daslu. Será que convidaram a Barbie?



Vi no www.invertia.com.br

Maus tratos aos animais - ASSUNTO SÉRIO

Sempre quis fazer alguma coisa pra ajudar a melhorar as condições de alguns animais abandonados e ajudar em casos de maus tratos contra esses bichinhos. Acontece que hoje, depois de discutir com um carroceiro na rua e constatar que às 10h da matina o cavalo já era obrigado a puxar uma carga tão pesada que não dava conta, fui atrás pra descobrir o que poderia ser feito. Na prefeitura, não encontrei nada. Enviei um e-mail pra saber como proceder, e confesso que já estou louca pra saber quanto tempo vai levar até me responderem (depois falo pra vcs). Mas encontrei 3 associações que contribuem para melhorar a vida de alguns bichinhos.

Duas Mãos Quatro Patas
http://www.duasmaosquatropatas.com.br/
Luz Animal
http://www.luzanimal.org/
Projeto Pró-Animal
http://www.projetoproanimal.com.br/

Eu já encomendei camisetas e adesivos pra ajudar.

Mas o que eu achei mais importante, foi ter encontrado as instruções de como proceder em caso de denúncia de maus tratos.
Pra quem estiver interessado, segue o link:

http://www.luzanimal.org/denunciademaustratos.htm

Novo Dicionário da Língua do Casal

Todo casal tem um vocabulário próprio, isso é fato. Algo em torno de 10 verbetes que só são reconhecidos por cada uma das metades da laranja. Acho que 10 é uma boa média. Aqui em casa a gente tem mais expressões casalsísticas, muito em razão de que eu enjôo fácil de algumas e acabo criando novas. A nossa gata, por exemplo, sofre de uma aguda crise de identidade, porque a cada 10 dias ela ganha um apelido novo. Tenho uma amiga que faz questão de chamá-la pelo nome e quando a gata não responde (o que acontece sempre) ela diz que nem a própria Lisbela sabe que é Lisbela. Os gatos da rua e arredores, todos receberam nome. Alguns até sobrenome. Mas o cúmulo mesmo é ver a lista de coisas que devem ser compradas e encontrar lá "SJ", de Segura Júnior. Precisa explicar?

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

2 meses do Calçolas

Achei no luminary's fotolog

Sapatos

Por que será que todo sapato bonito machuca o pé?
Por que será que todo sapato bonito que machuca o pé é comprado?
Por que será que todo sapato bonito que machuca o pé e é comprado é calçado?
Por que será que todo sapato bonito que machuca o pé é comprado e calçado e mesmo assim a gente nunca aprende? Dá uma olhada nessa belezinha aqui (quem me dera ter um Jimmy Choo):

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Respostas cretinas para perguntas imbecis

Esta história é um dos pontos altos do telejornalismo gaúcho.
Uma repórter entrevistava um bandidão que tinham acabado de prender. O cara tinha, comprovadamente, uma ficha mais suja que pau de galinheiro, estava inchado e roxo na cara dos sopapos que já tinha levado e se encontrava ali, algemado na delegacia, cercado de guardas medindo em média 2m x 2m cada um.
A astuciosa repórter então pergunta:
- Como é que você está se sentindo?
Ao que o mau moço responde:
- Preso. Tô me sentindo preso.

Invasores de mentes

Socorro!!!!!
Help!!!!!
Hilfe!!!!!
Meu marido e minha filha invadem a minha mente.
Quando acordo de manhã, basta eu estar pelada em baixo do chuveiro que minha filha começa a se esganiçar e berrar pela mamãe, mamãe, mamãe, MAMÃÃÃÃÃEEEEE!!!!! Não importa se são 7h, 6 e meia, 6 horas ou 5 e meia. Não tem escapatória. Eu já testei isso acordando nos mais diversos horários. Ela capta as vibrações, acorda quando estou pensando como é bom tomar um banho quentinho de manhã, hmmm... e lá vem o MANHÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ e acaba com minha alegria hídrica.
Minha filhota com certeza herdou isso do meu marido.
Porque basta eu pensar em ir ao banheiro, ou cogitar isso remotamente que seja e pronto: lá vai ele fazer alguma coisa - sempre demorada - no banheiro. São coisas que não podem esperar, como uma limpeza minuciosa do aparelho de barbear, inspeção visual e tátil de gavetas e escaninhos a procura de algo que não é guardado no banheiro, contagem de itens de higiene disponíveis. Além das coisas óbvias que todo mundo faz no banheiro.
Já tentei vários métodos pra tentar evitar que ele lesse minha mente. Procurei disfarçar minhas reais intenções, tentei pensar baixinho, tentei emendar na minha mente a idéia de ir ao banheiro com outras idéias-chamariz tipo "ah, como seria bom comer aquele Bis que tá no armário da cozinha". Mas não adianta, o escaneamento mental que meu marido realiza é muito eficaz, e consegue detectar o que realmente estou querendo. E lá vai o maridão, rapidamente se instalar no lavatório.
Pena que essa argúcia do meu cônjuge se manifeste basicamente em relação à questão do banheiro. Já tentei pensar fixamente em outras coisas, como levar o lixo pra fora, recolher o cocô do gato ou estender a roupa, mas meu marido não foi correndo fazer isso antes de mim.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Cotidiano e transcendência

Tô aqui tentando ler Nietzsche. Enquanto isso, a empregada arrasta móveis, lava as panelas e passa o aspirador de pó. Moral da história: não há desejo de transcendência que resista à invasão do cotidiano.

Galinha morta


Depois do leitão vesgo, vai aí outra expressão que adoro:

se fazer de galinha morta pra andar de caminhonete.

Todo mundo é ninguém

Tem certas horas em que lugares da cidade viram terra de ninguém. Ruas, parques, praças. Ficam ali, quase desertos, ocupados por alguns desocupados, esperando um desavisado que contribua - voluntariamente ou não - com uma ajuda.
É o espaço público que vira terra de ninguém.
E quando todo mundo vira ninguém, como é que a gente vai juntar forças, nem que seja pra pedir o mínimo - um mínimo de decência, um mínimo de respeito, um mínimo de felicidade?

Mamões e meninos

Minha filhota ficou com vontade de comer mamão.
Expliquei que o mamão estava verde, tinha que esperar amadurecer.
Ela ficou na frente da cesta de hortifrutis e tentou convencer a fruta, repetindo:
- Amadurece, amadurece, amadurece, por favor!
Minha filha já está treinando pra quando ela ficar um pouco mais velha. Aí ela vai fazer o que toda mulher lá pelas tantas precisa fazer com os meninos: pedir que amadureçam duma vez por todas.

Fazendo uso da piada alheia

Gripão + TPM braba não costuma render muita inspiração.
Numa hora dessas, nada como recebr um e-mail engraçadinho e se valer dele pra colocar alguma coisa no blog. Aí vai:

VOCÊ SABE QUE ESTÁ VIVENDO EM 2007 QUANDO...
1. Você acidentalmente tecla sua senha no microondas.
2. Há anos não joga paciência com cartas de papel.
3. Você tem uma lista de 15 números de telefone para falar com sua família de 3 pessoas.
4. Você envia e-mail para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua.
5. A razão porque você não fala há tempos com muitos de sua família é desconhecer seus endereços eletrônicos.
6. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras.
7. Todo comercial de TV tem um site indicado na parte inferior da tela.
8. Esquecendo seu celular em casa, coisa que você não tinha há 20 ou 30 anos, você fica apavorado e volta buscá-lo.
10. Você levanta pela manhã e liga o computador antes de tomar o café.
11. Como a carinha do Msn,Você vira a cabeça de lado para sorrir : )
12. Você não sabe o preço de um envelope comum.
13. Para você ser organizado significa, ter vários bloquinhos de "Post-It" de cores diferentes.
14. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...).
15. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!).
16. Você digita o "0" para telefonar de sua casa.
17. Você vai ao trabalho quando ainda está escuro, volta para casa quando já escureceu de novo.
18. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou.
19. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo.
21. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9.
21. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número.
22. E agora você está achando ainda mais engraçadinho.
23. Você já está pensando para quem você poderia enviar essa mensagem..
24. Provavelmente agora você vai clicar nos botões Ctrl+C e Ctrl+V pra colar num mail. Ou colocar no seu blog, que nem eu fiz.