Uma das melhores coisas que me aconteceram na vida foi o Palm Top. Mas antes de você comentar a pobreza que deve ser minha vida sentimental e espiritual, quero destacar que o Palm foi uma das melhores coisas MATERIAIS que já me aconteceram.
O Palm Top é um daqueles itens sem os quais hoje eu não sobrevivo mais. Primeiro, porque é tão fácil de mexer que até eu, que tenho conhecimentos de informática mais ou menos equiparáveis a uma mulher de neandertal, consigo. Depois, porque o Palm é a materialização dos mais loucos desejos de quem tem (nem que seja um pouquinho) TOC.
Dá pra colocar tudo no Palm. Cabem listas e mais listas - listas de futuros, como coisas que a gente ainda quer ler, escutar, assistir, fazer, visitar, colocar no guarda-roupa. Listas de passados - como o nome dos colegas da aula de natação do ano passado, a lista de filmes que você viu, os lugares que já visitou, as coisas que emprestou e não te devolveram. Cabem milhões de nomes, e dá pra colocar anexos nos nomes com informações úteis como a descrição da aparência da pessoa, número de filhos, de onde você conhece, se a pessoa tem bafo, qualquer coisa. Dá pra programar os registros pra que sejam repetidos, então a gente coloca o aniversário do fulano ali uma vezinha, programa e pronto, nunca mais a gente esquece o aniversário do cara. Todo ano o santo Palm avisa da data querida. Também dá pra colocar ali tudo que tem que ser feito, do pagamento da conta à hora de trocar os sachês das gavetas, ou de virar o colchão (sim, sim, eu faço tudo isso - meu TOC é do mais alto grau). Ah, e tem mais duas coisas sensacionais: 1) o Palm te dá aquele prazer absurdo de tirar coisas da pauta do dia sem precisar marcar ou riscar e 2) É ótimo pra tirar da bolsa e impressionar alguém (sim, sim, as pessoas ainda se impressionam com esse sucedâneo de agendão eletrônico, especialmente quando você pega a canetinha e começa a escrever na tela).
Palmas pro Palm que ele merece.
Importante: quando falo em Palm, me refiro a todo tipo de handheld. A 3Com não me paga pra fazer merchandising deles nem nada, e pra dizer a verdade nem gosto da 3 Com. Mas é bem mais fácil falar e escrever Palm que handheld.
Importante 2: o Palm tem, claro, um monte de desvantagens, como o preço, a fragilidade, a assistência técnica só em SP, a necessidade de ter backup dos dados sempre, etc.
Mas mesmo assim, continuo achando o Palm tudo de bom.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
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5 comentários:
Essa de virar o colchão é clássica! Nunca esqueço disso, que pra mim é a coisa mais bizarra de se anotar! ale
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eu hei de ser chique assim.
só pra impressionar.
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O que eu não falei no post sobre o Palm mas falo agora é a margem que a palavrinha dá pra inúmeros trocadilhos infames, tipo estar com o Palm na mão, colocar o Palm na mesa, matar a cobra e mostrar o Palm e por aí afora.
eu já vi a Eva em momento de 'impressionismo eletrônico': ela taca o bichinho da bolsa e faz uma cara super séria de quem tem milhares de compromissos ao longo do dia. Agora eu sei que ela tava vendo mesmo qual era o dia que tinha que virar o colchão. hahahahah
Sacanagem...
Isso tudo aqui é inveja que tem não tem um palm pra botar na mesa, e não tem um palm pra segurar na mão.
acho que colchão é um alto gerador de TOC, meu marido pede pra faxineira virá-lo toda sexta. Uma semana vira trocando o meu lado com o dele, na outra vira colocando a parte dos pés no lugar da cabeça (que descrição!)Daí pra ter certeza que ele tá sendo virado direitinho, ele desenhou uma bolinha, um quadradinho, uma estrela e um outro símbolo qualquer nos cantos do colchão. Assim, ele sempre sabe se o troço foi virado direito. E eu que sou uma desorganizada convicta que ainda não comprou a necessaire que me sugeriram pros meus OBs não caírem mais da bolsa só fico rindo.
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