Minha comadre tá no hospital há semanas. E tem coletado histórias fantásticas de semnoçãozice, claro. Porque lugares pra onde o stress converge tendem a despertar em algumas pessoas o que de mais estúpido elas têm.
Minha amiga estava mal. Bem mal. (Agora está melhorando, pra nossa completa felicidade). Mas enfim, estva ali, péssima, sendo levada na cadeirinha de rodas pela enfermeira prum exame complicado em outro andar.
O elevador de transportes de pacientes, identificado com placas grandes que advertem, pelo lado de fora e pelo lado de dentro, que aquele é um elevador pra uso exclusivo de pacientes e equipe do hospital, chegou. A porta abriu. Dentro, adivinha, um bando de gente. Agora pergunta se eram pacientes. Claro que não. Eram impacientes, isso sim.
Pessoas em perfeitas condições (ao menos físicas). Mas mal-educadas, sem noção, pertencentes à mesma subespécie que estaciona em vaga de deficiente, vai com rancho pro caixa expresso do super, pára em fila dupla e fala aos berros no celular no restaurante.
A enfermeira disse que precisava levar a minha amiga no elevador.
E um dos caras plantados aonde não devia se autopromoveu a porta-voz do bando e declarou:
- Ah, nós só vamos até o outro andar e logo mandamos o elevador de volta pra vocês.
Pode isso? Não pode!
Minha amiga, doente mas não indiferente, então fez uma coisa ótima: disse que não. Que aquele elevador era pra pacientes, e que ela era paciente, e estava em cadeira de rodas, e não ia esperar que eles mandassem o elevador de volta. E falou pra todo mundo sair do elevador e pegar o correto.
Não restou nada àquele pessoal, a não ser sair do elevador, claro.
Maravilhoso isso, né?
Minha amiga tava engolindo um monte de coisas: remédios pra dor, pra febre, antibióticos mil. Mas sapo ela não engole!
Viva a Liane.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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5 comentários:
nota dez para a tua amiga. Tomara que ela fique boa logo, porque gente como ela faz uma falta danada
Que posso dizer além de somar meus parabéns a ela?
Liane? Em Porto Alegre?
Só falta você me dizer que ela escreve poesia, trabalha em atividades ligadas a educação e estava em New York no dia em que o John Lennon foi assassinado...
Mas acho que não, não é muito provável...
Palmas. Muitas.
MAROTO: Minha amiga nos deu um sustão. Mas agora está tudo bem. E eu não poderia concordar mais contigo: gente como ela faz uma baita falta, sim.
ENIO: esta Liane mora em PoA, não escreve poesia (ao menos que eu saiba), não trabalha com edução e não estava em NY no dia do assassinato do John Lennon. Acho que são duas Lianes, e pelo jeito ambas muito bacanas.
VENUSS: sim, palmas pra ela, e buuu pros invasores de elevadores.
Muito bom. Tenho feitos coisas desse tipo ultimamente. Pena que sejam necessárias, mas que é bom, é. Melhoras pra Liane.
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