Depois que tive filha, acho que devia haver uma lei obrigando todo mundo - até os monges tibetanos do alto do himalaia - a achar muito, mas muito fofo o que as crianças fazem. Especialmente minha filha, claro.
Todos deveriam ser obrigados a sorrir docemente ao ver a minha criaturinha.
Todos deveriam tecer comentários elogiosos sobre a inteligência dela, até mesmo quando ela começasse a cantar uma daquelas longas e chatésimas músicas intermináveis e sem noção, com a letra inventada, às quais ela nos submete quase todos os dias nos últimos meses.
Todos deveriam dizer a ela que ficou sensacional aquela maçaroca de gel, tic-tacs, mini-piranhinhas, borrachinhas cor-de-rosa e mais gel, por favor, mamãe, porque a franja não ficou pra trás.
Com defensora da lei que institui a obrigatoriedade de se achar a Mariana incrivelmentemegablastersensacional, não entendi por que mulher de uns 40 anos fez cara feia e grunhiu pra minha pequena hoje, quando esta, no vestiário da natação muito cheio, perguntou bem, bem, bem alto: "desde quando tu tinge o cabelôôôô???" e toda mulherada ficou rindo.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
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6 comentários:
Vai entender seres mal resolvidos, né?
kkkkkkkkkk
Eva, sua filha é muito sincera! ela merece um prêmio! kkkkkkkk
Não entendi a cara feia. Afinal, é difícil encontrar alguém, especialmente uma mulher, que não pinte os cabelos, hoje em dia...
Ai! Que filha fofa!
Carolina: sim, pra não rir duma bobagem de criança, tem que estar muito de mal com a vida, né?Silvia: acho que tudo que é criança é muito sincera. Depois é que a gente vai ganhando o que uns chamam de verniz.
Enio: é, ou pinta, ou faz luzes, como eu. A cada 4 meses passo no cabeleireiro pra perder algumas dezenas de pontos de QI.
Toninho: a mulher do relato não achou, que pena.
odeio crianças.
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