Pra vc aguentar firme a nossa ausência temporária, passem 3 minutos na companhia das crias do vídeo que tentam bravamente resistir a um marshmallow. Se não comerem o primeiro, a moça lhes promete entregar um segundo. As câmeras escondidas dão conta do resto.
Vá até o fim.
domingo, 20 de setembro de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A moeda e a chaleira
Na minha casa, a chaleira tem uma moeda de 5 centavos dentro.
Não é macumba nem simpatia pra ficar rica aos pouquinhos, serve só pra saber quando a água está na temperatura ideal. Quem é chegado num chimarrão sabe a importância que a temperatura da água tem.
E eu regulo o momento exato de apagar a chama de acordo com o rebolado da tal moedinha. Quando ela começa a dar uns espocados isolados feito pipoca no princípio do estouro, ela ainda está fria pra um bom chima. Quando o barulhinho fica próximo da introdução de um sambinha de roda, a água está ideal. Se parecer com a Mangueira ou Beija Flor em plena Sapucaí, esquece que o troço ferveu.
Um parênteses metodológico: o método moedístico foi desenvolvido (ou herdado?) pelo marido, a tipologia da temperatura da água perfeita é de venuss (2005) - ano em que a gente começou a morar juntos. Um parênteses dentro do parênteses: acho que tô estudando demais!
Pois bem, a moedinha já gerou situações, no mínimo, engraçadas. Toda vez que uma nova faxineira adentra nossa cozinha, instaura-se o espanto:
- Dona venuss, alguém enfiou uma moeda dentro da chaleira.
- Acho que fizeram trabalho pra senhora, tem uma moeda dentro da chaleira.
- E eu faço o que com essa moeda que saiu da chaleira?
Aí eu me ponho a explicar toda a eficiência do método, destacando que a tipologia da temperatura da água perfeita só serve para moedas de 5 centavos. Elas me olham com cara de louca, mas entendem que ai delas se tirarem a tal moedinha dali.
Esse assunto só surgiu porque, há pouco, quando fui preparar o meu chá de saquinho, papel, cola, barbante e ervinhas secas, a moeda pela primeira vez em 4 anos caiu dentro da minha xícara. Pode ser um sinal. Acho que vou jogar na mega sena hoje.
UPDATE: Acho que preciso colocar uma moeda de maior valor na chaleira. Não acertei um mísero número.
Não é macumba nem simpatia pra ficar rica aos pouquinhos, serve só pra saber quando a água está na temperatura ideal. Quem é chegado num chimarrão sabe a importância que a temperatura da água tem.
E eu regulo o momento exato de apagar a chama de acordo com o rebolado da tal moedinha. Quando ela começa a dar uns espocados isolados feito pipoca no princípio do estouro, ela ainda está fria pra um bom chima. Quando o barulhinho fica próximo da introdução de um sambinha de roda, a água está ideal. Se parecer com a Mangueira ou Beija Flor em plena Sapucaí, esquece que o troço ferveu.
Um parênteses metodológico: o método moedístico foi desenvolvido (ou herdado?) pelo marido, a tipologia da temperatura da água perfeita é de venuss (2005) - ano em que a gente começou a morar juntos. Um parênteses dentro do parênteses: acho que tô estudando demais!
Pois bem, a moedinha já gerou situações, no mínimo, engraçadas. Toda vez que uma nova faxineira adentra nossa cozinha, instaura-se o espanto:
- Dona venuss, alguém enfiou uma moeda dentro da chaleira.
- Acho que fizeram trabalho pra senhora, tem uma moeda dentro da chaleira.
- E eu faço o que com essa moeda que saiu da chaleira?
Aí eu me ponho a explicar toda a eficiência do método, destacando que a tipologia da temperatura da água perfeita só serve para moedas de 5 centavos. Elas me olham com cara de louca, mas entendem que ai delas se tirarem a tal moedinha dali.
Esse assunto só surgiu porque, há pouco, quando fui preparar o meu chá de saquinho, papel, cola, barbante e ervinhas secas, a moeda pela primeira vez em 4 anos caiu dentro da minha xícara. Pode ser um sinal. Acho que vou jogar na mega sena hoje.
UPDATE: Acho que preciso colocar uma moeda de maior valor na chaleira. Não acertei um mísero número.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Sem NoCão
Não basta eu ter passado meses e meses e meses longe do Calçolas. Não basta eu não ter tido tempo pra cafés, mesmo mínimos, com a venuss - graças a quem o blog segue vivo, apesar de mim. Precisei ir além, e agora venho confessar em público: nesse meio tempo, eu não só abandonei o blog e amiga, como também traí o universo dos felinos.
Sim, sim, sim, agora pertenço ao mundos dos que não caçam com gato.
O mundo do senta, do deita, do junto. O mundo da baba. Do biscoito canino. Dos cocôs exibidos, enormes e reluzentes no meio do gramado.
Temos um cachorro em casa.
Ariel - se você tem filhos pequenos sabe que é uma homenagem à Pequena Sereia - é uma fêmea de pastor alemão. Fez 6 meses ontem.
Ela já acabou com minhas bromélias e tenta enlouquecidamente acabar com a minha paciência. Mas ainda não conseguiu, porque ela ganha bônus extras toda vez que dá a pata e me olha de baixo pra cima com olhar de coitada. A Ariel me conquistou. E conquistou quase todo mundo aqui em casa. Quase, porque ela ainda não conseguiu superar as barreiras de raça e se aproximar da Meg e da Cat. As duas são totalmente avessas à idéia.
Então está aberta oficialmente a temporada de posts caninos no Calçolas.
Até breve. Tchau-au.
Sim, sim, sim, agora pertenço ao mundos dos que não caçam com gato.
O mundo do senta, do deita, do junto. O mundo da baba. Do biscoito canino. Dos cocôs exibidos, enormes e reluzentes no meio do gramado.
Temos um cachorro em casa.
Ariel - se você tem filhos pequenos sabe que é uma homenagem à Pequena Sereia - é uma fêmea de pastor alemão. Fez 6 meses ontem.
Ela já acabou com minhas bromélias e tenta enlouquecidamente acabar com a minha paciência. Mas ainda não conseguiu, porque ela ganha bônus extras toda vez que dá a pata e me olha de baixo pra cima com olhar de coitada. A Ariel me conquistou. E conquistou quase todo mundo aqui em casa. Quase, porque ela ainda não conseguiu superar as barreiras de raça e se aproximar da Meg e da Cat. As duas são totalmente avessas à idéia.
Então está aberta oficialmente a temporada de posts caninos no Calçolas.
Até breve. Tchau-au.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Fechado pra balanço
Venuss está passando um tempo em Marte.
E Eva ainda está em busca do paraíso.
A gente volta. Ainda não sabemos quando, mas guenta aí.
E Eva ainda está em busca do paraíso.
A gente volta. Ainda não sabemos quando, mas guenta aí.
domingo, 21 de junho de 2009
Rapidinha do domingo II
O post mais acessado do Calçolas sempre foi este aqui. Disparado.
De tempos em tempos aparece alguém pra defender a Rola Moça e comentar que eu sou uma sem noção por não querer levar a tal rola na bunda.
De tempos em tempos aparece alguém pra defender a Rola Moça e comentar que eu sou uma sem noção por não querer levar a tal rola na bunda.
Rapidinha do domingo
Pelo amor de deus o que é aquele zunido de abelhas africanas assassinas no jogo do Brasil?
Pior que aquilo, só a voz do Galvão Bueno acompanhado a sinfonia do mel.
Pior que aquilo, só a voz do Galvão Bueno acompanhado a sinfonia do mel.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Novidades
O tempo já andava curto e me lancei numa nova empreitada.
Há algum tempo venho me dedicando a cuidar, tratar, castrar e encaminhar alguns gatos de rua.
É um trabalho de formiguinha diante do problema concreto que vivemos em relação ao abandono de animais.
Foi pensando em aumentar os cuidados e as contribuições em prol dos bichinhos carentes que surgiu a marca BordaGato.
É um trabalho de formiguinha diante do problema concreto que vivemos em relação ao abandono de animais.
Foi pensando em aumentar os cuidados e as contribuições em prol dos bichinhos carentes que surgiu a marca BordaGato.
Minha mãe, uma excelente bordadeira e a pessoa que me ensinou a amar os gatinhos, é a responsável pelas peças. Parte das vendas desses produtos é destinada para castração de gatos de rua, a única forma de diminuir a população de animais carentes a longo prazo. E é a forma que nós encontramos de fazer a nossa parte.
Comprando BordaGato, além de adquirir um produto de excelente qualidade, com todo o cuidado e carinho do trabalho artesanal, você ajuda a dar um mundo melhor para dezenas de gatinhos.
Comprando BordaGato, além de adquirir um produto de excelente qualidade, com todo o cuidado e carinho do trabalho artesanal, você ajuda a dar um mundo melhor para dezenas de gatinhos.
Visite, compre, divulgue. Você é nosso convidado para estrear essa ideia.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Em busca do mondongo perdido
Cena 1
No domingo em que viaja a trabalho, marido recebe um não ao convite pra almoçar na casa da irmã, prato principal: mondongo.
À tarde, antes de partir para o aeroporto, despede-se da família e recebe um pote do precioso mondongo da sister. Mulher fica incumbida de congelá-lo para futura degustação.
Cena 2
Mulher viaja pra passar o final de semana seguinte na cidade em que o marido está a trabalhar.
Cena 3
Na terceira semana, mulher recebe feliz o marido trabalhador após a temporada de serviços fora do Estado.
Cena 4
Cinco dias após o retorno, marido começa a vasculhar o freezer em busca do mondongo recebido.
Cena 5 - flashback
Mulher pegando o carro na lavagem, chegando em casa percebe o extravio do lixinho do veículo.
Cena 6
Marido questiona a mulher a respeito do mondongo, iguaria pouco apreciada pela esposa.
Cena 7 - flashback
Mulher joga o ticket do estacionamento no lixo do carro e reclama sozinha do marido que enfiou uma sacola plástica vagabunda* no lugar. Lembra de nunca mais levar o carro na lavagem extraviadora de lixinhos.
Cena 8
Marido segue na busca pelo mondongo perdido. Sugere uma incursão ao carro, último ambiente em que a comida foi vista.
Cena 9
Antes de dormir, marido avisa mulher que o funcionário do prédio estará de folga por dois dias.
Cena 10
Na manhã seguinte, mulher realiza uma busca pormenorizada no veículo e descarta a possibilidade de encontrar por ali o desaparecido pote de mondongo.
Cena 11
Mulher chegando pra aula da manhã, estaciona o carro no sol.
Cena 12
Mulher deixa o carro quentinho do sol na garagem de casa por umas 4 horas.
Cena 13
O líquido viscoso que um dia fora mondongo promove um baile de carnaval em pleno mês de junho.
Cena 14
Mulher sai de casa ao cair da noite. Percebe um cheiro estranho ao abrir a porta do carro, mas atribui ao lixo do prédio que está parado na garagem há mais de dois dias.
Cena 15
Mulher dá a partida no carro e o mau cheiro toma conta de todas as células de seu corpo. O desepero começa a se instalar e a mulher resolve colocar o cheirador em funcionamento.
Cena 16
Ao apalpar a sacola que um dia foi considerada lixo improvisado pelo marido, encontra um pote estufado com mondongo de ressaca dentro de outra sacola.
Cena 17
Mulher segura o vômito com a mão esquerda enquanto a direita segura a sacola com o conteúdo assassino prestes a ser depositado no lixo.
Cena 18
Mulher comunica ao marido o fim das buscas: o mondongo finalmente encontrara o nariz desta que voz escreve.
Cena 19
Mulher agradecendo ao mondongo perdido pelos 3kg que emagreceu em função das lembranças olfativas.
FIM
* eu queria escrever xexelenta, mas não sei se é assim que se escreve ou se o correto é chechelenta.
** até a cena 18 é tudo real.
No domingo em que viaja a trabalho, marido recebe um não ao convite pra almoçar na casa da irmã, prato principal: mondongo.
À tarde, antes de partir para o aeroporto, despede-se da família e recebe um pote do precioso mondongo da sister. Mulher fica incumbida de congelá-lo para futura degustação.
Cena 2
Mulher viaja pra passar o final de semana seguinte na cidade em que o marido está a trabalhar.
Cena 3
Na terceira semana, mulher recebe feliz o marido trabalhador após a temporada de serviços fora do Estado.
Cena 4
Cinco dias após o retorno, marido começa a vasculhar o freezer em busca do mondongo recebido.
Cena 5 - flashback
Mulher pegando o carro na lavagem, chegando em casa percebe o extravio do lixinho do veículo.
Cena 6
Marido questiona a mulher a respeito do mondongo, iguaria pouco apreciada pela esposa.
Cena 7 - flashback
Mulher joga o ticket do estacionamento no lixo do carro e reclama sozinha do marido que enfiou uma sacola plástica vagabunda* no lugar. Lembra de nunca mais levar o carro na lavagem extraviadora de lixinhos.
Cena 8
Marido segue na busca pelo mondongo perdido. Sugere uma incursão ao carro, último ambiente em que a comida foi vista.
Cena 9
Antes de dormir, marido avisa mulher que o funcionário do prédio estará de folga por dois dias.
Cena 10
Na manhã seguinte, mulher realiza uma busca pormenorizada no veículo e descarta a possibilidade de encontrar por ali o desaparecido pote de mondongo.
Cena 11
Mulher chegando pra aula da manhã, estaciona o carro no sol.
Cena 12
Mulher deixa o carro quentinho do sol na garagem de casa por umas 4 horas.
Cena 13
O líquido viscoso que um dia fora mondongo promove um baile de carnaval em pleno mês de junho.
Cena 14
Mulher sai de casa ao cair da noite. Percebe um cheiro estranho ao abrir a porta do carro, mas atribui ao lixo do prédio que está parado na garagem há mais de dois dias.
Cena 15
Mulher dá a partida no carro e o mau cheiro toma conta de todas as células de seu corpo. O desepero começa a se instalar e a mulher resolve colocar o cheirador em funcionamento.
Cena 16
Ao apalpar a sacola que um dia foi considerada lixo improvisado pelo marido, encontra um pote estufado com mondongo de ressaca dentro de outra sacola.
Cena 17
Mulher segura o vômito com a mão esquerda enquanto a direita segura a sacola com o conteúdo assassino prestes a ser depositado no lixo.
Cena 18
Mulher comunica ao marido o fim das buscas: o mondongo finalmente encontrara o nariz desta que voz escreve.
Cena 19
Mulher agradecendo ao mondongo perdido pelos 3kg que emagreceu em função das lembranças olfativas.
FIM
* eu queria escrever xexelenta, mas não sei se é assim que se escreve ou se o correto é chechelenta.
** até a cena 18 é tudo real.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Sempre pode piorar
Pessoa anda tão atrapalhada com a quantidade de coisas pra fazer, resolver, terminar e começar que sente que tem algo incomodando. 1hora e meia depois percebe que o algo é apenas um xixi pedindo espaço na agenda.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Tempo, tempo, mano velho
Eu sabia que o bicho ia pegar.
Só não sabia que ele pegava, bicava, pisoteava, estraçalhava e o resto largava na sarjeta.
Mas eu ainda penso em ressuscitar. Nem que seja no 108º dia.
Só não sabia que ele pegava, bicava, pisoteava, estraçalhava e o resto largava na sarjeta.
Mas eu ainda penso em ressuscitar. Nem que seja no 108º dia.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Trilha sonora da corrida
As coisas andam corridas. Ok, isso não é novidade nenhuma. Do outro lado da tela alguém vai sacudir a cabeça e perguntar tá e daí? Daí que, além de uma corredora profissional, no momento estou virada numa chata sem assunto. Eu só penso em trabalho, trabalho, trabalho, estudo, estudo, estudo e mal tem sobrado tempo pra vestir a calçola por aqui. Tirando as cenas que tenho vivenciado nos ônibus da vida, a única coisa que tenho pra falar por aqui é 'ai que sono', complementados com alguns bocejos tamanho leão faminto.
Eu também poderia cantar pra vocês uma música que ficou uns 3 dias entranhada no meu cérebro, ocupando o espaço das teorias que teimam e relutam em serem apreendidas. Numa dessas idas pra aula em ônibus com tevezinha e tudo, fiquei assistindo a uma microbiografia da Björk acompanhada da trilha sonora do celular do cara do último assento. Era algo como (maestro, toca um pagodinho aí) 'deixa acontecer naturalmente, eu não quero ver você chorar'. E isso foi o máximo que ficou na minha cabeça. O batucar da mãozinha do dono do celular eu consegui abstrair, mas essa única frase da música ficou 3 dias me acompanhando. Tipo jingle chiclete de comercial. Marido perguntou que música era essa e eu não sei responder. Só sei que foi um caso de aderência em último grau. e, no momento em que escrevo essas palavras, depois de ter me livrado da trilha sonora forçada, minha cabeça volta a entoar os mesmos acordes e aquela única frase volta a ocupar o seu espaço.
Eu não disse que eu tava uma chata?
Eu também poderia cantar pra vocês uma música que ficou uns 3 dias entranhada no meu cérebro, ocupando o espaço das teorias que teimam e relutam em serem apreendidas. Numa dessas idas pra aula em ônibus com tevezinha e tudo, fiquei assistindo a uma microbiografia da Björk acompanhada da trilha sonora do celular do cara do último assento. Era algo como (maestro, toca um pagodinho aí) 'deixa acontecer naturalmente, eu não quero ver você chorar'. E isso foi o máximo que ficou na minha cabeça. O batucar da mãozinha do dono do celular eu consegui abstrair, mas essa única frase da música ficou 3 dias me acompanhando. Tipo jingle chiclete de comercial. Marido perguntou que música era essa e eu não sei responder. Só sei que foi um caso de aderência em último grau. e, no momento em que escrevo essas palavras, depois de ter me livrado da trilha sonora forçada, minha cabeça volta a entoar os mesmos acordes e aquela única frase volta a ocupar o seu espaço.
Eu não disse que eu tava uma chata?
terça-feira, 28 de abril de 2009
Gramado Expedition 2009
Passeinho familiar em Gramado.
Tudo muito certinho.
Menos a Mariana, que saiu passeando pelas ruas usando uma lantenra de cabeça (daquelas de explorador de caverna), e obviamente a lanterna tinha que ficar acesa.
Além do enfeite luminoso de cabeça, ela levava e falava alto com um hipopótamo de pelúcia rosa (combinando com todo o resto da roupa dela, que era absolutamente rosa) de olhos de ressaca.
E carregava uma bolsa bordada cheia de pedras.
Pra que entrar em sites sobre bizarrices quando a gente tem uma filha de 5 anos?
Tudo muito certinho.
Menos a Mariana, que saiu passeando pelas ruas usando uma lantenra de cabeça (daquelas de explorador de caverna), e obviamente a lanterna tinha que ficar acesa.
Além do enfeite luminoso de cabeça, ela levava e falava alto com um hipopótamo de pelúcia rosa (combinando com todo o resto da roupa dela, que era absolutamente rosa) de olhos de ressaca.
E carregava uma bolsa bordada cheia de pedras.
Pra que entrar em sites sobre bizarrices quando a gente tem uma filha de 5 anos?
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ex-ecutiva
Vantagens de não ser executiva:
1 - poder não atender o celular na hora do almoço
2 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na segunda-feira
3 - não ter que fingir que acha legal quando o patrão conta alguma coisa sobre sua mansão enorme, sua piscina do tamanho do Mar Mediterrâneo e seu carro imenso e potente pacas (seria bem melhor ele ir direto ao assunto e admitir logo que tem um problema com o tamanho, e assim a reunião poderia começar logo - e terminar bem antes)
4 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na terça-feira
5 - não te olharem torto porque você não conhece a última meganovidade do marekting pós-moderno
6 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na quarta feira
7 - ir ou não a algum lugar da moda movida unicamente pela vontade
8 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na quinta-feira
9 - não ser obrigada a achar normal te chamarem de colaborador, associado, sócio, co-gestor ou outro apelido cafona, quando na verdade tu é trabalhador, empregado, funcionário, chão de fábrica, sim, e daí?
10 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na sexta-feira
11 - ter família - e conviver um pouco com ela
12 - não precisar usar sapato de salto e bico fino no fim de semana, no churrasco da equipe na mansão do patrão, e não precisar ver os grandes espetos rotativos de titânio que emitem luzes ao ritmo da música
13 - poder colocar na internet um postzinho como esse de vez em quando.
1 - poder não atender o celular na hora do almoço
2 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na segunda-feira
3 - não ter que fingir que acha legal quando o patrão conta alguma coisa sobre sua mansão enorme, sua piscina do tamanho do Mar Mediterrâneo e seu carro imenso e potente pacas (seria bem melhor ele ir direto ao assunto e admitir logo que tem um problema com o tamanho, e assim a reunião poderia começar logo - e terminar bem antes)
4 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na terça-feira
5 - não te olharem torto porque você não conhece a última meganovidade do marekting pós-moderno
6 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na quarta feira
7 - ir ou não a algum lugar da moda movida unicamente pela vontade
8 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na quinta-feira
9 - não ser obrigada a achar normal te chamarem de colaborador, associado, sócio, co-gestor ou outro apelido cafona, quando na verdade tu é trabalhador, empregado, funcionário, chão de fábrica, sim, e daí?
10 - não precisar usar sapato de salto e bico fino na sexta-feira
11 - ter família - e conviver um pouco com ela
12 - não precisar usar sapato de salto e bico fino no fim de semana, no churrasco da equipe na mansão do patrão, e não precisar ver os grandes espetos rotativos de titânio que emitem luzes ao ritmo da música
13 - poder colocar na internet um postzinho como esse de vez em quando.
One-ninty-nine again
1,99 são o que tinha antes do big bang em termos de semnoçãozice. Ou seja: é muita, mas muita coisa fora da casinha mesmo, num só lugar. Toneladas de imbecilidade, condensadíssima num único ínfimo ponto no espaço. Uma das coisas mais engraçadas que vi nessa última incursão ao mundo do menos de 2 real foi um brinquedo ultrasupersemnoção. A cartela era rosa e prateada, bem brilhante, très chic, e em letreiro elegante de letra cursiva mais cheia de voltas e arabescos que o convite de casamento da Lady Di, digna da mais Disney das princesas, estava ali, obviamente em francês, o nome: “Le Cuisine Chic”. E nesse invólucro tão refinado, estava o brinquedo em si, quebrando paradigmas, como se se espera de qualquer pessoa ou coisa que tenha despossuída desse elemento tão importante, que é a noção. O brinquedo daquela embalagem tão elegante consistia em um kit de mini-vassoura, mini-esfregão, mini-balde, mini-escovão e mini-pano de chão.
One-ninty-nine
Estava eu a percorrer o fascinante mundo dos 1,99 procurando mini-árvores pruma tarefa de escolinha da minha filhota.
Primeira constatação: 1,99 é propaganda enganosa, porque tudo custa mais que isso. As lojas se definirem como 1,99 é mais ou menos como um anão se chamar Apolo.
Segunda constatação: não existem mini-árvores em 1,99s. Nem em livrarias. Nem em papelarias. Nem em lojas de artigos para festas. Nem em qualquer lugar real ou virtual capaz de me entregar a porcaria em menos de 3 dias úteis.
Terceira constatação: o tempo passa mais rápido quando a gente tá num 1,99, e há três razões básicas pra isso. A primeira é que no meio daquela tralharama, a gente leva um tempão pra achar o que procura (e as moças que trabalham lá também). A segunda é que tem coisas tão hediondas ali que a gente fica olhando, olhando, olhando e não vê o tempo passar. E a terceira é que, bem do ladinho das coisas hediondas, tem vááárias coisas que poderiam estar - e efetivamente estão - em lojas mais bacaninhas, por preços mais altos, e aí a gente fica ali, comprando coisas que nem queria, mas que afinal custam mais em lojinhas menos bregas e aí a gente simplesmente precisa aproveitar.
Primeira constatação: 1,99 é propaganda enganosa, porque tudo custa mais que isso. As lojas se definirem como 1,99 é mais ou menos como um anão se chamar Apolo.
Segunda constatação: não existem mini-árvores em 1,99s. Nem em livrarias. Nem em papelarias. Nem em lojas de artigos para festas. Nem em qualquer lugar real ou virtual capaz de me entregar a porcaria em menos de 3 dias úteis.
Terceira constatação: o tempo passa mais rápido quando a gente tá num 1,99, e há três razões básicas pra isso. A primeira é que no meio daquela tralharama, a gente leva um tempão pra achar o que procura (e as moças que trabalham lá também). A segunda é que tem coisas tão hediondas ali que a gente fica olhando, olhando, olhando e não vê o tempo passar. E a terceira é que, bem do ladinho das coisas hediondas, tem vááárias coisas que poderiam estar - e efetivamente estão - em lojas mais bacaninhas, por preços mais altos, e aí a gente fica ali, comprando coisas que nem queria, mas que afinal custam mais em lojinhas menos bregas e aí a gente simplesmente precisa aproveitar.
Relativamente velha
Você definitivamente está ficando velha quando, ao invés de um “tu tá muito bem” ótimo, pleno, total, absoluto, começam a levar mais coisas em consideração e te dizem “tu tá ótima pra tua idade". Não bastasse a presbiopia e uma certa surdez, agora ainda tenho que lidar com essa relativização. Alguém conhece uma boa casa geriátrica aqui pela zona sul de Porto Alegre?
domingo, 19 de abril de 2009
Dai-me forças
Sábado é dia de acordar mais tarde, trabalhar um pouco menos, passear e encontrar o maior número de pessoas sem noção por turno. Foram duas, num intervalo de 3 horas.
Na academia:
Pessoa sai a correr pela fornalha de Porto Alegre às 11h da manhã e volta aos pingos pra alongar dentro da academia. Usa, antes de mim, o aparelho de alongamento para esticar as costinhas e deixa litros de suor no chão, no assento e no apoio das pernas. Sai assobiando sem carregar nenhuma toalha, só a cara de pau suada que deus lhe deu.
No almoço:
Pessoa na fila do buffet do restaurante nota que os pratos da pilha estão quentes, pois foram recém lavados.
Pessoa na fila do buffet do restaurante começa a enfiar a mão (dedos, palma e toda a sujeira da última vez que enfiou a mão lá sei eu onde) dentro de todos os pratos da pilha pra encontrar o menos quente. Encontra um que lhe agrade e sai feliz a buscar comida com a maior cara de fome que o horário lhe permite.
******
Eva e eu, nas nossas discussões iniciais sobre montar um blog ou não, conversamos sobre a vontade de armar uma cruzada contra Os Sem Noção. Eles são muitos. E o pior é que continuam se reproduzindo. Já que não dá pra montar uma campanha de castração em massa, tava pensando em começar com um selinho 'sem noção do dia' pra grudar na testa de alguns.
Se bem que no cara suado o selo ia escorregar em 3 segundos.
Na academia:
Pessoa sai a correr pela fornalha de Porto Alegre às 11h da manhã e volta aos pingos pra alongar dentro da academia. Usa, antes de mim, o aparelho de alongamento para esticar as costinhas e deixa litros de suor no chão, no assento e no apoio das pernas. Sai assobiando sem carregar nenhuma toalha, só a cara de pau suada que deus lhe deu.
No almoço:
Pessoa na fila do buffet do restaurante nota que os pratos da pilha estão quentes, pois foram recém lavados.
Pessoa na fila do buffet do restaurante começa a enfiar a mão (dedos, palma e toda a sujeira da última vez que enfiou a mão lá sei eu onde) dentro de todos os pratos da pilha pra encontrar o menos quente. Encontra um que lhe agrade e sai feliz a buscar comida com a maior cara de fome que o horário lhe permite.
******
Eva e eu, nas nossas discussões iniciais sobre montar um blog ou não, conversamos sobre a vontade de armar uma cruzada contra Os Sem Noção. Eles são muitos. E o pior é que continuam se reproduzindo. Já que não dá pra montar uma campanha de castração em massa, tava pensando em começar com um selinho 'sem noção do dia' pra grudar na testa de alguns.
Se bem que no cara suado o selo ia escorregar em 3 segundos.
Socializando
Mais uma da série "quis dividir".
Luis Fernando Verissimo, no caderno Donna de hj.
GLÓRIA
– Bem...
– Mmmm?
– Que barulho é esse?
– É o gerador para a cerca eletrificada, para os holofotes que iluminam o jardim em volta da casa e para o sistema de alarme.
– E esse outro barulho?
– São os cachorros, Glória.
– E esse?
– É o dos guardas fechando os portões de ferro do condomínio.
– Meu Deus, e esse?
– É o helicóptero que fica sobrevoando a área a noite inteira.
– Com tanto barulho, eu não vou conseguir dormir!
– Eu sei, Glória. Mas a única maneira da gente poder dormir descansados é não conseguir dormir.
Luis Fernando Verissimo, no caderno Donna de hj.
GLÓRIA
– Bem...
– Mmmm?
– Que barulho é esse?
– É o gerador para a cerca eletrificada, para os holofotes que iluminam o jardim em volta da casa e para o sistema de alarme.
– E esse outro barulho?
– São os cachorros, Glória.
– E esse?
– É o dos guardas fechando os portões de ferro do condomínio.
– Meu Deus, e esse?
– É o helicóptero que fica sobrevoando a área a noite inteira.
– Com tanto barulho, eu não vou conseguir dormir!
– Eu sei, Glória. Mas a única maneira da gente poder dormir descansados é não conseguir dormir.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Explicando os quadrinhos
Minha filha nem sabe ler ainda mas já adora as tirinhas de quadrinhos do jornal. Ou seja: quase todos os dias alguém precisa explicar pra criaturinha qual é a graça da coisa.
Na Zero Hora de hoje, por exemplo, o Frank dizia pro Ernest que nunca se sente tão aliviado como quando o noticiário da noite termina.
Então, primeiro, explico o que é noticiário (aqui em casa a gente assiste as desgraças do dia depois que ela vai dormir). Depois falo que no noticiário tem sempre muita notícia ruim, como coisas sobre terremotos e gente machucada. Finalmente, conto que o Frank prefere não ver as coisas ruins que acontecem no mundo.
E eis que a Mariana então rapidamente resolveu o problema do Frank, e também o meu e possivelmente o seu, querido leitor. "Então tem que ver o Discovery Kids, o Rá Tim Bum e o Canal Disney, que só passam coisas legais."
Na Zero Hora de hoje, por exemplo, o Frank dizia pro Ernest que nunca se sente tão aliviado como quando o noticiário da noite termina.
Então, primeiro, explico o que é noticiário (aqui em casa a gente assiste as desgraças do dia depois que ela vai dormir). Depois falo que no noticiário tem sempre muita notícia ruim, como coisas sobre terremotos e gente machucada. Finalmente, conto que o Frank prefere não ver as coisas ruins que acontecem no mundo.
E eis que a Mariana então rapidamente resolveu o problema do Frank, e também o meu e possivelmente o seu, querido leitor. "Então tem que ver o Discovery Kids, o Rá Tim Bum e o Canal Disney, que só passam coisas legais."
terça-feira, 14 de abril de 2009
Subindo no salto
Acho que tá na hora de eu me arrumar um pouco mais. Hoje a minha filha de 5 anos perguntou se eu usava salto. E depois perguntou se um dia, quem sabe, por favor, eu poderia talvez buscar ela na escolinha usando sapato alto.
Dia normal
A cachorra comeu uma pazinha de jardim (de metal). Depois a gata mais nova correu atrás da cachorra (detalhe: trata-se de uma pastora alemã), avançou na pobrezona e logo depois passou o rabo dentro do feijão que minha filha almoçava. Minha filha, por sua vez, depois de almoçar o outro feijão que servi pra ela, deixou cair uma bola de gude dentro do vaso cheio de cocô e tive que tirar, porque, pior que apalpar muitos coprólitos moles - antes que comentem minha falta de higiene, quero frisar que foi com as mãos protegidas por vários sacos plásticos - em busca da bolinha de gude seria um entupimento qualquer nos canos e cocôs se espraiando pela casa. Enfim, foi um dia normal de quem tem casa, filho e bicho. Mas mesmo assim termino o dia com medo de pensar como poderia ter sido se eu estivesse na TPM.
Traças de fé
As traças aqui em casa definitivamente devoraram (metaforicamente e certamente também de verdade) a Bíblia. Elas cresceram e se multiplicaram loucamente. Só hoje, atrás da CPU, tinha 17, e ontem o lugar estava imaculado.
Mundo das calçadas
Ontem fui pra aula a pé. Lá no campus em que tenho aula nas segundas, às 18h, é super difícil de encontrar vaga pra estacionar neste horário, então eu optava pelo ônibus.
Mas ontem, depois da overdose pascoalina, resolvi mexer o corpinho e caminhar os mesmos 45 minutos que eu demoraria pra chegar lá de busão.
Pra quem puder, recomendo a experiência: mochila nas costas, tênis no pé e atenção ao que se passa em volta.
Teve a mulher que pacientemente conversava com o cachorro preguiçoso que empacou durante o passeio 'se tu não andar, a gente vai ficar aqui até amanhã'. O pai levando a filha de 2 anos pra passear no carrinho com uma latinha de skol daquelas grandes na mão. No discurso do pai dava pra perceber que aquela era no mínimo a 3º latinha da hora. O motorista gentil que deixa a gente atravessar a rua numa boa (que normalmente é homem). O motoqueiro FDP que acelera a moto com o sinal fechado só pra assustar as pessoas que estão atravessando na faixa.
Enfim, uma experiência pra ser repetida, eu só não precisava ter encarado 7 lances de escada pra chegar na sala de aula. O ônibus não fez falta, mas um elevador ainda faz muita diferença.
Mas ontem, depois da overdose pascoalina, resolvi mexer o corpinho e caminhar os mesmos 45 minutos que eu demoraria pra chegar lá de busão.
Pra quem puder, recomendo a experiência: mochila nas costas, tênis no pé e atenção ao que se passa em volta.
Teve a mulher que pacientemente conversava com o cachorro preguiçoso que empacou durante o passeio 'se tu não andar, a gente vai ficar aqui até amanhã'. O pai levando a filha de 2 anos pra passear no carrinho com uma latinha de skol daquelas grandes na mão. No discurso do pai dava pra perceber que aquela era no mínimo a 3º latinha da hora. O motorista gentil que deixa a gente atravessar a rua numa boa (que normalmente é homem). O motoqueiro FDP que acelera a moto com o sinal fechado só pra assustar as pessoas que estão atravessando na faixa.
Enfim, uma experiência pra ser repetida, eu só não precisava ter encarado 7 lances de escada pra chegar na sala de aula. O ônibus não fez falta, mas um elevador ainda faz muita diferença.
Cobrindo as partes
Acho super engraçado quando vejo uma camiseta que fez parte de uma super bem bolada campanha promocional de alguma agência de propaganda pra algum cliente endinheirado ir parar no corpo de um maloqueiro ou 'mindingo'.
E elas invariavelmente sempre têm esse destino.
E elas invariavelmente sempre têm esse destino.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
As time goes by
Sinal dos tempos.
Quando a gente era guri (no meu caso, guria), esperava os pais irem dormir pra poder tomar cerveja ou até - suprema ousadia - o whisky do pai, e fumar escondido bem perto da janela do banheiro.
Cena de folhinhas de calendário sendo arrancadas pelo vento. Leia-se tempo passando. Quando a gente tem filho, espera o pimpolho ir dormir e faz outras coisas perigosas pra saúde, tipo tomar refrigerante e comer o chocolate.
Quando a gente era guri (no meu caso, guria), esperava os pais irem dormir pra poder tomar cerveja ou até - suprema ousadia - o whisky do pai, e fumar escondido bem perto da janela do banheiro.
Cena de folhinhas de calendário sendo arrancadas pelo vento. Leia-se tempo passando. Quando a gente tem filho, espera o pimpolho ir dormir e faz outras coisas perigosas pra saúde, tipo tomar refrigerante e comer o chocolate.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
De ovos e coelhos
O ovo de chocolate, que antes era o centro das atenções pascoais, e tinha valor simplesmente por ser ovo e de chocolate, virou outra coisa. Virou embalagem pra brinquedinhos, bichinhos, joguinhos, carrinhos, brilho labial e até toalhinha de rosto. E se metamorfoseou em bola, cubo, coração e sei lá eu mais que formas.
O coelho de chocolate está praticamente extinto, anda mais raro que mico leão dourado. Sobraram uns poucos, escondidos pelas gôndoloas, esperando pra serem incluídos na lista de animais ameaçados.
O ninho, que era um, se multiplicou loucamente e agora todo mundo ganha ninhos em toda parte, e o total de calorias ingeridas na semana da Páscoa daria pra alimentar uma famélica família africana por 24 meses.
A Páscoa definitivamente não é mais a mesma.
Eu prefiria a de antigamente, com um ninho só, arduamente batalhado depois de longas expedições pelo quintal. Eu amava aquela cestinha (que era sempre a mesma, entra ano, sai ano) que no fim da manhã ficava cheia de minicoelhos, ovos de chocolate ovais e que no máximo tinham dentro uns bonbons ou outro ovinho, ovo de açúcar (nunca mais vi ovo de açúcar, que fim terão levado?) e casquinhas de verdade, recheadas com amendoim meio mole, que quebravam sim, e daí? Eu tinha loucuras pelas manhãs de Páscoa, com ovo cozido duro tingido no café da manhã, daqueles que sempre tinham um quebradinho na casca, o que fazia com que dentro eles também ficassem meio coloridos. A gema dura ficava o máximo quando misturava o esverdeado natural dela com a cor do ovo, em geral roxão ou rosa muito forte.
Feliz Páscoa.
O coelho de chocolate está praticamente extinto, anda mais raro que mico leão dourado. Sobraram uns poucos, escondidos pelas gôndoloas, esperando pra serem incluídos na lista de animais ameaçados.
O ninho, que era um, se multiplicou loucamente e agora todo mundo ganha ninhos em toda parte, e o total de calorias ingeridas na semana da Páscoa daria pra alimentar uma famélica família africana por 24 meses.
A Páscoa definitivamente não é mais a mesma.
Eu prefiria a de antigamente, com um ninho só, arduamente batalhado depois de longas expedições pelo quintal. Eu amava aquela cestinha (que era sempre a mesma, entra ano, sai ano) que no fim da manhã ficava cheia de minicoelhos, ovos de chocolate ovais e que no máximo tinham dentro uns bonbons ou outro ovinho, ovo de açúcar (nunca mais vi ovo de açúcar, que fim terão levado?) e casquinhas de verdade, recheadas com amendoim meio mole, que quebravam sim, e daí? Eu tinha loucuras pelas manhãs de Páscoa, com ovo cozido duro tingido no café da manhã, daqueles que sempre tinham um quebradinho na casca, o que fazia com que dentro eles também ficassem meio coloridos. A gema dura ficava o máximo quando misturava o esverdeado natural dela com a cor do ovo, em geral roxão ou rosa muito forte.
Feliz Páscoa.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Ressurreição
Nada como a Páscoa pra ressurgir milagrosamente. Inspirada nas fênix (o plural de fênix é fênix mesmo? Fênixs? Fênixes?) e na data comemorativa que se avizinha, eis que eu, Eva, que deveria ser a outra autora do blog Calçolas, se manifesta depois de longos meses de silêncio.
É bom voltar, ainda mais que a venuss cuidou tão bem desse lugarzinho querido aqui. Espero nunca mais precisar deixar o Calçolas por tanto tempo. Pelo menos tenho bastante assunto armazenado pros próximos posts.
Venuss querida, obrigados multiplicados feito coelhos por ter cuidado de tudo.
É bom voltar, ainda mais que a venuss cuidou tão bem desse lugarzinho querido aqui. Espero nunca mais precisar deixar o Calçolas por tanto tempo. Pelo menos tenho bastante assunto armazenado pros próximos posts.
Venuss querida, obrigados multiplicados feito coelhos por ter cuidado de tudo.
terça-feira, 31 de março de 2009
venuss no ar
Eu gosto de voar.
Só não gosto da subida, da descida, das curvas, dos trechos com estrada de chão e quando o avião muda o barulho.
Tirando isso, acho tudo ótimo.
Só não gosto da subida, da descida, das curvas, dos trechos com estrada de chão e quando o avião muda o barulho.
Tirando isso, acho tudo ótimo.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Apóstrofo
Já que a vida tá corrida, coloco outros pra falar bobagem por mim.
Da série 'recebi por e-mail e quis fazer algo antes de deletar:
terça-feira, 17 de março de 2009
Idéias
Hoje comecei a trabalhar com a idéia de passar a escrever ideia.
Dói.
É estranho.
Revisão ortográfica me dá urticária.
Cansa horrores.
Mas, mesmo assim, escrevi duas vezes ideia num texto.
Foi só um treino, porque eu ainda não quero jogar esse jogo.
A única coisa que me anima na história da reforma é poder apelar pra piadinha:
Nunca mais trema em cima da linguiça.
Dói.
É estranho.
Revisão ortográfica me dá urticária.
Cansa horrores.
Mas, mesmo assim, escrevi duas vezes ideia num texto.
Foi só um treino, porque eu ainda não quero jogar esse jogo.
A única coisa que me anima na história da reforma é poder apelar pra piadinha:
Nunca mais trema em cima da linguiça.
sexta-feira, 13 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
Rapidinhas
Agora é oficial: tia venuss é doutoranda em comunicação.
Agora é crucial: vou ter que aprender a arte da multiplicação pra dar conta de tudo.
Agora é assistencial: primeira semana de aula e já tratei de descobrir como ajudar os gatinhos que vivem lá no prédio da comunicação. O guardador de carros me disse que uma moça que estuda enfermagem de gato levou a gata pra fazer um negócio de operação e que ela agora não dá mais gatinhos. Este mesmo guardador disse que era só botar o dinheiro na mão dele que ele comprava comida. Haham.
Agora é emergencial: mandei mail pro marido avisando que eu tinha esquecido de passar no super. Passei a lista de compras e no meio de bananas, couve e linguicinha pro feijão, eu pedi mamãe e banco. Não sei se foi cansaço, correria ou ato falho mesmo, mas eu bem que preferia minha mamãe do meu lado no café da manhã do que aquela fruta laranja cheia de sementinhas.
Ter um banco só pra mim tb deve ser bem melhor do que um pedaço de bacon. Mais saudável pro bolso e pro corpo ao menos.
Agora é crucial: vou ter que aprender a arte da multiplicação pra dar conta de tudo.
Agora é assistencial: primeira semana de aula e já tratei de descobrir como ajudar os gatinhos que vivem lá no prédio da comunicação. O guardador de carros me disse que uma moça que estuda enfermagem de gato levou a gata pra fazer um negócio de operação e que ela agora não dá mais gatinhos. Este mesmo guardador disse que era só botar o dinheiro na mão dele que ele comprava comida. Haham.
Agora é emergencial: mandei mail pro marido avisando que eu tinha esquecido de passar no super. Passei a lista de compras e no meio de bananas, couve e linguicinha pro feijão, eu pedi mamãe e banco. Não sei se foi cansaço, correria ou ato falho mesmo, mas eu bem que preferia minha mamãe do meu lado no café da manhã do que aquela fruta laranja cheia de sementinhas.
Ter um banco só pra mim tb deve ser bem melhor do que um pedaço de bacon. Mais saudável pro bolso e pro corpo ao menos.
domingo, 8 de março de 2009
Família Brilhantina
Logo na entrada do súper, avisei marido do perigo de cegueira ao mirar a bolsa 100% glitter de uma mulher mais a frente. Ao me aproximar, vi que a sandália reluzia tal e qual e que as 20 carreiras de lantejoulas, paetês e cristais da blusa se enfileiravam radiantes tal qual comissão de frente de escola de samba.
Numa esquina de prateleiras mais adiante, notei que a fantasia fazia parte de um bloco: as filhas - gêmeas de mais ou menos 8 anos - vinham com a versão infantil da mesma sandália e uma blusa branca que repetia a comissão de frente, desta vez em lantejoulas douradas.
Eu não sou mãe nem conheço muito de comportamento infantil em relação a vestir-se de Princesa ou Homem Aranha, mas as 3 não estão um pouco velhas pra sair por aí fantasiadas duas semanas depois do carnaval?
Numa esquina de prateleiras mais adiante, notei que a fantasia fazia parte de um bloco: as filhas - gêmeas de mais ou menos 8 anos - vinham com a versão infantil da mesma sandália e uma blusa branca que repetia a comissão de frente, desta vez em lantejoulas douradas.
Eu não sou mãe nem conheço muito de comportamento infantil em relação a vestir-se de Princesa ou Homem Aranha, mas as 3 não estão um pouco velhas pra sair por aí fantasiadas duas semanas depois do carnaval?
quinta-feira, 5 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Pidões
Hoje o micro em que eu trabalho deu pau. Sumiu. Desapareceu. Escafedeu.
Em questão de minutos todos os meus arquivos viraram poeira cósmica.
Pensei na ponte mais próxima. Quis enfiar a cabeça dentro do forno. Cheguei a subir na janela, mas meu andar é baixo demais pra uma operação bem sucedida de extermínio.
(Detalhe importantíssimo: faz 6 meses que compramos um micro novo. Mas a preguiça de transferir os arquivos, passar pelo processo de adaptação e ter que suportar o Windows Vista me faziam desistir antes mesmo de tentar. Nessa lenga de 'semana que vem eu transfiro os arquivos', faz meses que não faço um becapezinho mínimo)
Corri com a criança debaixo do braço pro doutor de computador. Dirigi pedindo baixinho pra que todos os meus arquivinhos estivessem bem. Pra que tudo não passasse de um seqüestro relâmpago. E que no final do episódio, eu conseguisse resgatá-los de algum matagal sem danos físicos, só sequelas psicológicas. Eu juro que pedi.
No caminho, várias pessoas pediam algo também. O guri da sinaleira. O bixo em pleno trote. O velhinho no sinal. O flanelinha que depois fui ver que era um cara tão chapado que mal parava em pé. Esse foi o único a quem dei um troco, mais por medo da proximidade que ele se colocava e porque me segurou forte pelo braço pedindo pelo amor de deus um trocado, enquanto eu dava conta de segurar o micro, a bolsa, fechar o carro e me defender de um possível ataque. Na saída, depois de entregar dois reais pra figura, ele bate no meu ombro e diz: passa lá em casa depois.
Também espero que os meus arquivinhos voltem lá pra casa depois.
UPDATE: os dados estão bem, obrigado. Sendo tratados com carinho no micro novo.
Em questão de minutos todos os meus arquivos viraram poeira cósmica.
Pensei na ponte mais próxima. Quis enfiar a cabeça dentro do forno. Cheguei a subir na janela, mas meu andar é baixo demais pra uma operação bem sucedida de extermínio.
(Detalhe importantíssimo: faz 6 meses que compramos um micro novo. Mas a preguiça de transferir os arquivos, passar pelo processo de adaptação e ter que suportar o Windows Vista me faziam desistir antes mesmo de tentar. Nessa lenga de 'semana que vem eu transfiro os arquivos', faz meses que não faço um becapezinho mínimo)
Corri com a criança debaixo do braço pro doutor de computador. Dirigi pedindo baixinho pra que todos os meus arquivinhos estivessem bem. Pra que tudo não passasse de um seqüestro relâmpago. E que no final do episódio, eu conseguisse resgatá-los de algum matagal sem danos físicos, só sequelas psicológicas. Eu juro que pedi.
No caminho, várias pessoas pediam algo também. O guri da sinaleira. O bixo em pleno trote. O velhinho no sinal. O flanelinha que depois fui ver que era um cara tão chapado que mal parava em pé. Esse foi o único a quem dei um troco, mais por medo da proximidade que ele se colocava e porque me segurou forte pelo braço pedindo pelo amor de deus um trocado, enquanto eu dava conta de segurar o micro, a bolsa, fechar o carro e me defender de um possível ataque. Na saída, depois de entregar dois reais pra figura, ele bate no meu ombro e diz: passa lá em casa depois.
Também espero que os meus arquivinhos voltem lá pra casa depois.
UPDATE: os dados estão bem, obrigado. Sendo tratados com carinho no micro novo.
Assinar:
Postagens (Atom)